- JPMorgan bloqueia transações do Zelle iniciadas por redes sociais
- Golpes no Zelle superam US$ 200 milhões em perdas
- Banco recomenda evitar enviar dinheiro a desconhecidos via Zelle
O JPMorgan Chase começou a restringir transações do Zelle após detectar um crescimento alarmante de golpes vinculados a redes sociais. A medida surge como resposta a perdas que somaram US$ 206.800.000 milhões entre os principais bancos dos EUA.
A plataforma Zelle, usada por milhões de americanos para transferências instantâneas, virou alvo de criminosos que atraem vítimas por meio de interações digitais. Porém, o banco decidiu agir após dados mostrarem que mais da metade dos golpes começaram em redes sociais.
Banco impõe barreiras contra pagamentos de alto risco
O JPMorgan agora exibe alertas em formato de pop-ups para clientes que tentam enviar dinheiro a pessoas com as quais iniciaram contato por redes sociais. A ação visa frear transações potencialmente fraudulentas antes de sua conclusão.
Melissa Feldsher, executiva de inovação em pagamentos do banco, reforçou o alerta: “Não recomendamos o uso do Zelle para pagar desconhecidos”, disse à CNBC. Ela comparou o risco ao de entregar dinheiro vivo a estranhos.
Quando você interage com alguém que não conhece e decide transferir dinheiro, isso expõe você a fraudes. Porém, preferimos que use produtos com proteção de compra, como cartões de crédito e débito, explicou Feldsher.
Golpes se espalham e bancos evitam reembolsos
Um relatório do Senado dos EUA, publicado em julho, revelou que clientes dos maiores bancos JPMorgan, Bank of America e Wells Fargo reportaram milhões em perdas com golpes no Zelle, com a maioria dos casos não sendo reembolsada.
Diante disso, o Chase decidiu agir de forma mais preventiva, bloqueando ou restringindo pagamentos suspeitos. O foco está em proteger consumidores de interações iniciadas por perfis falsos ou enganosos nas redes.
Ainda mais, a decisão do maior banco dos EUA reacende o debate sobre segurança nas plataformas de pagamento instantâneo. Enquanto o Zelle continua promovendo a agilidade nas transações, especialistas pedem mais educação financeira e limites automáticos para proteger usuários mais vulneráveis.