A falida exchange de criptomoedas Mt. Gox movimentou recentemente uma quantia significativa de Bitcoin, totalizando mais de US$ 2 bilhões, a partir de uma de suas carteiras frias. Essa operação ocorreu em um momento em que milhares de credores ainda aguardam a devolução de seus ativos perdidos devido ao infame hack de 2014.
As transferências, observadas por analistas, envolveram aproximadamente 27.871 BTC (cerca de US$ 2,24 bilhões) e mais 2.500 BTC (avaliados em US$ 200 milhões), enviados para novos endereços, de acordo com dados da Arkham Intelligence.
Esse volume elevado e frequente de movimentações geralmente precede os pagamentos aos credores e levanta novas especulações sobre uma próxima rodada de compensações.
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Impacto das movimentações e expectativa entre credores
A atividade recente da carteira de Mt. Gox tem sido acompanhada de perto pelos credores, que há anos aguardam a resolução do processo de reembolso.
Com uma reserva total de 44.378 BTC ainda sob posse da exchange, a movimentação atual é vista como um sinal positivo para o andamento dos pagamentos, embora o prazo para a conclusão dos mesmos tenha sido recentemente prorrogado para outubro de 2025.
Essas transferências foram realizadas após mais de um mês de inatividade nas contas vinculadas a Mt. Gox e despertaram o interesse de investidores e analistas no mercado de criptomoedas.
Mt. Gox e o legado de um dos maiores hacks do setor cripto
Fundada em 2010, a Mt. Gox era uma das maiores exchanges de Bitcoin do mundo até o ano de 2014, quando um ataque cibernético resultou na perda de cerca de 850.000 BTC.
Desde então, a empresa e seus responsáveis têm se esforçado para atender às demandas dos credores, uma tarefa dificultada pela complexidade do processo legal e da administração dos ativos remanescentes.