Os Laboratórios de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT Sunoo Park, Michael Specter, Neha Narula e Ronald L. Rivest, concluíram que a tecnologia blockchain é “inutilizável para fins políticos e eleições”.
Especialistas em segurança de computadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) acreditam que o blockchain não tornará as eleições mais seguras.
Pelo contrário, afirmam que poderá aumentar os riscos e comprometer o sistema como um todo.
Segundo o professor Ronald Rivest, a presença pessoal ou o envio de cédulas pelos Correios continuam sendo os mais aplicáveis para as eleições.
Embora os sistemas de votação atuais não sejam os ideais, o sistema blockchain poderá aumentar o risco de fraudes nas eleições.
Testes estão sendo feitos com blockchain em eleições relativamente não relevantes em diversos países, e os especialistas do MIT não tem encontrado sistemas blockchain confiáveis.
A maior preocupação gira em torno de ataques hackers, que podem comprometer uma eleição inteira.
Segundo Rivest, se os cibercriminosos são capazes de invadir exchanges, podem invadir um sistema eleitoral.
A diferença é que no caso das exchanges, os cibercriminosos obtém lucros com os furtos, já nos sistemas de eleição, isto ocorreria para prejudicar o sistema.
Não há seguro de voto
Não há como contar os votos reais em caso de violação do sistema
MIT
Rivest já havia se posicionado contra este sistema em uma Conferência de Segurança RSA em San Francisco.
Na ocasião, o departamento criptográfico do MIT, segundo Rivest, já havia observado que a questão da votação era interessante, mas que requereria uma abordagem mais dura do que outras questões de segurança.
Para o professor, “votação não exige alta tecnologia para ser conduzida, e o anonimato e o voto secreto só complicam o processo de auditoria”.