De acordo com um relatório publicado, na segunda-feira (21), pelo Ministério das Finanças Federal da Alemanha, as criptomoedas de privacidade, como Monero, são mais propensas a serem usadas para atividades ilegais do que o Bitcoin.
Em sua “Primeira Análise Nacional de Risco 2018/2019”, a agência examinou em que medida as criptomoedas põem em risco a segurança financeira. E constatou que a Monero, em vez do Bitcoin, possibilita melhor oportunidades de transações anônimas de lavagem de dinheiro e financiamento terrorista no mercado negro.
“Devido à crescente popularidade da Monero no mercado negro, pode-se prever que esse cripto ativo, especialmente, ganhe relevância mais prática no futuro na área de segurança e exploração.”, disse o relatório.
Bitcoin tem baixo risco
O relatório também acrescentou que as técnicas sofisticadas empregadas pela Monero tornam impossível rastrear dinheiro e que o anonimato oferecido também aumenta a possibilidade de abuso por atividades criminosas adicionais. Por outro lado, e especialmente no mercado negro, a agência classificou o risco de atividade ilegal com o Bitcoin como baixo. Investigações recentes também destacaram a falta de anonimato do Bitcoin.
No futuro, a agência anunciou que a legislação alemã seria alterada de acordo com as diretrizes da UE que estendem a responsabilidade pela lavagem de dinheiro às chamadas “partes obrigadas” – principalmente exchanges de criptomoedas, provedores de carteira ou outros provedores de serviços de custódia.
Também recomendou maior vigilância, embora admitisse que o risco de lavagem de dinheiro da Alemanha era atualmente “médio-baixo” e que havia uma falta de dados confiáveis sobre o tópico Bitcoin e terrorismo.