Keith Grossman, presidente de empresas na Moonpay, destacou durante um painel de discussão na conferência Permissionless II em Austin, Texas, que o atual estado das criptomoedas e WEB3 com as discussões técnicas detalhadas que ocorreram no início da era dos computadores pessoais.
Ele afirma que a maioria das pessoas tem uma atitude de “não sei e não me importo” em relação às especificações técnicas e que apenas querem que as coisas funcionem de forma eficaz e proporcionem experiências incríveis.
“Ninguém se importa com como a privada funciona, desde que funcione e seja possível dar descarga, ok, tudo está bom.” disse.
Para ele, o mais importante é que a tecnologia seja capaz de oferecer uma experiência do consumidor superior e, segundo ele, é disso que a Web3 precisa: menos discussões e mais atitude.
Ele reconhece os desafios de reputação enfrentados pela indústria de criptomoedas e Web3, incluindo fraudes e comportamentos nefastos, mas ressalta que esses problemas não são exclusivos desse setor e que a regulamentação responsável é necessária.
No entanto, Grossman enfatiza que, para uma adoção em massa no nível do consumidor, é fundamental que a tecnologia seja intuitiva e proporcionando uma experiência superior, assim como um usuário não precisa entender o funcionamento interno de uma privada para usá-la.
Web3
Tara Fung, co-fundadora e CEO da CoCreate, compartilha a visão de Grossman e tem uma opinião ousada sobre o mundo das criptomoedas e blockchain: é hora de uma “rebrand”. Ela argumentou que a palavra “crypto” tornou-se pejorativa e que o setor precisa de uma imagem renovada.
Fung prefere o termo “Web3” em vez de “cripto” porque acredita que ele abrange tanto a tecnologia quanto a ética subjacente, abrindo portas para novos casos de uso, interoperabilidade e propriedade descentralizada.
O ethos da Web3, segundo ela, é que as pessoas devem ter mais propriedade e que as coisas devem ser construídas com uma abordagem comunitária, em oposição a uma entidade centralizada que decide unilateralmente.
Fung também argumenta que explicar a alguém por que ele deveria se importar com criptomoedas, uma tática comum de conversão, é ineficaz. Ela acredita que a experiência deve ser intuitiva e cativante por si só, sem a necessidade de conhecimento técnico prévio.
Ela ainda concordou com Grossman destacando que a Web3 precisa de menos reuniões e conferências e mais pessoas usando sem precisar saber que estão na Web3.
“Se você perguntar para a imensa maioria das pessoas hoje se elas estão na Web1 ou Web2, acredito que 99,9% delas não tem a mínima ideia, justamente porque elas não precisam saber disso”, afirmou.