- Atkins promete regulação clara e diálogo com setor cripto
- SEC revoga diretrizes antigas e adota nova postura
- Força-tarefa discute futuro dos ativos digitais nos EUA
A SEC dos Estados Unidos oficializou na segunda-feira a posse de Paul Atkins como seu novo presidente. Ele se torna o 34º a ocupar o cargo.
Nomeado pelo presidente Donald Trump e confirmado pelo Senado no início do mês, Atkins volta ao órgão com uma promessa clara, destravar o potencial das criptomoedas por meio de uma regulação moderna e funcional.
SEC foca em regras claras para ativos digitais
Atkins defendeu essa visão em uma audiência no Comitê Bancário do Senado. Porém, lá, ele afirmou que vai priorizar a criação de uma estrutura regulatória dedicada aos ativos digitais. A fala indica uma guinada em relação à gestão anterior, que se apoiava em ações judiciais para regular o setor.
Ainda mais, desde a saída de Gary Gensler em janeiro, a SEC já deu os primeiros sinais de mudança. A comissão revogou diretrizes polêmicas de contabilidade, arquivou processos contra empresas de cripto e criou uma força tarefa para discutir novas abordagens.
Essa força tarefa, coordenada por Hester Peirce, conhecida por sua postura pró inovação, já convidou especialistas para debates abertos. Ainda mais, o grupo pretende esclarecer quais ativos digitais não são valores mobiliários, atendendo a uma das maiores demandas do mercado.
Histórico regulatório e experiência com cripto
Atkins não chega à presidência da SEC como novato. Entre 2002 e 2008, ele atuou como comissário da agência, após ser nomeado por George W. Bush. Depois, fundou a consultoria Patomak, onde atendeu bancos, exchanges e plataformas DeFi.
Porém, ao assumir o comando da SEC, Atkins destacou o papel da agência em garantir mercados justos e proteger investidores, sem sufocar a inovação. Ele reforçou o compromisso de trabalhar com o setor privado para impulsionar a competitividade dos EUA em tecnologias financeiras.
Ainda mais, com essa nova liderança, o mercado cripto espera uma relação menos conflituosa, mais aberta ao diálogo e alinhada ao crescimento sustentável do ecossistema digital.