O Conselho Mundial do Ouro (WGC) vai usar tecnologia blockchain para tokenizar ativos lastreados no metal precioso.
Tokenização de ativos – Ativos tradicionais dentro das blockchains
O WGC anunciou parceria com o provedor de infraestrutura e aplicativos DLT, aXedras Group, para emitir tokens lastreados em ouro visando os investidores de varejo.
O Conselho é responsável por organizar o desenvolvimento global de mercado para a indústria do metal precioso, desde a sua mineração ao investimento como produto final.
Um dos empreendimentos é o lançamento do Gold247, uma plataforma que usa tecnologia blockchain para o rastreamento global de barras de ouro.
O próximo passo será lançar um token digital lastreado em ouro físico.
De acordo com o presidente do WGC, David Tait, esta iniciativa pode tornar a negociação de ouro mais acessível a todas as classes de investidores, incluindo os de varejo.
Em 2004 o WGC tentou lançar um fundo negociado em bolsa de valores (ETF) lastreado no metal, entretanto, existiam diversas barreiras que impediam os investidores de varejo de trocar unidades de ETF por barras de ouro reais, disse Tait.
Vale lembrar que atualmente existem ETFs e produtos de investimentos similares lastreados em ouro, e no último mês de setembro este mercado registrou as maiores saídas desde março de 2021, segundo dados do próprio WGC.
O intuito do WGC é emitir tokens lastreados em ouro para “desfragmentar o mercado de ouro”, estimulando a demanda de investidores comuns.
De acordo com especialistas as tentativas de transformar o ouro em um ativo para investidores de varejo sempre falharam, e não viram com muito entusiasmo a notícia do WGC.
Por outro lado, Tait vê que a digitalização de ativos tradicionais e de ativos reais é uma realidade, e chegou a citar a comparação que o mercado cripto faz ao dizer que o bitcoin é o ouro digital.
Assim, o WGC vê a possibilidade de incentivar o mercado de varejo e as novas gerações a terem acesso ao ouro, só que de uma forma digital.