Boa tarde povo!
No versículo de ontem vimos a penúltima parte da obra “The Right to Read: A Dystopian Short Story”, hoje veremos a última.
Quando essa história foi escrita pela primeira vez, o SPA estava ameaçando os pequenos provedores de serviços de Internet, exigindo que eles permitissem que o SPA monitorasse todos os usuários. A maioria dos ISPs (Internet Service Provider, Fornecedor de Serviço de Internet) se rendeu quando ameaçados, porque eles não podem se dar ao luxo de lutar no tribunal. Um ISP, Community ConneXion em Oakland, Califórnia, recusou a demanda e foi processado. O SPA mais tarde desistiu do processo, mas obteve o DMCA, que lhes deu o poder que procuravam.
O SPA, que na verdade significa Software Publishers Association, foi substituído em sua função policial pela Business Software Alliance. A BSA não é, hoje, uma força policial oficial; não oficialmente, age como uma. Usando métodos reminiscentes da antiga União Soviética, convida as pessoas a informar seus colegas de trabalho e amigos. Uma campanha de terrorismo da BSA na Argentina em 2001 fez ameaças levemente veladas de que pessoas que compartilham software seriam estupradas.
Dê o Próximo Passo e Invista Agora
As políticas de segurança da universidade descritas acima não são imaginárias. Por exemplo, um computador em uma universidade da região de Chicago exibe essa mensagem no login:
Este sistema é para uso apenas de usuários autorizados. Indivíduos usando este sistema de computador sem autoridade ou em excesso de sua autoridade estão sujeitos a ter todas as suas atividades neste sistema monitoradas e registradas pelo pessoal do sistema. No decorrer do monitoramento de pessoas que usam indevidamente este sistema ou durante a manutenção do sistema, as atividades do usuário autorizado também podem ser monitoradas. Qualquer um que use este sistema consente expressamente com tal monitoramento e é aconselhado que, se tal monitoramento revelar possíveis evidências de atividade ilegal ou violação dos regulamentos da Universidade, o pessoal do sistema pode fornecer evidência de tal monitoramento para as autoridades da Universidade e / ou oficiais da lei.
Esta é uma abordagem interessante para a Quarta Emenda: pressionar a maioria de todos a concordar, com antecedência, em renunciar a seus direitos sob ela.
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A batalha pelo direito de ler já está em andamento. O inimigo é organizado, enquanto nós não somos, então está indo contra nós. Aqui estão os artigos sobre coisas ruins que aconteceram desde a publicação original deste artigo.
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Se quisermos parar as más notícias e criar boas notícias, precisamos nos organizar e lutar. A campanha Defective by Design da FSF começou – assine a lista de discussão da campanha para dar uma mãozinha. E junte-se à FSF para ajudar a financiar nosso trabalho.
Referências
- United States Patent and Trademark Office, Intellectual Property [sic] and the National Information Infrastructure: The Report of the Working Group on Intellectual Property [sic] Rights, Washington, DC: GPO, 1995.
- Samuelson, Pamela, “The Copyright Grab,” Wired, January 1996, n. 4.01.
- Boyle, James, “Sold Out,” New York Times, 31 March 1996, sec. 4, p. 15.
- Editorial, Washington Post, “Public Data or Private Data,” 3 November 1996, sec. C, p. 6.
- Union for the Public Domain – uma organização que visa resistir e reverter a superextensão dos poderes de copyright e patentes.
A Free Software Foundation é o principal patrocinador organizacional do Sistema Operacional GNU. Sua missão é preservar, proteger e promover a liberdade de usar, estudar, copiar, modificar e redistribuir software de computador e defender os direitos dos usuários de Software Livre.
(Alguns links estavam quebrados e por isso não foram postados.)
Terminamos com isso a tradução da obra “The Right to Read: A Dystopian Short Story”, de Richard M. Stallman, publicada em 1996. Espero que tenham gostado. No próximo versículo, damos início ao Capítulo 18. Ricas bençãos, até amanhã!