Daí amigos, boa tarde!
Terminamos no versículo anterior a obra “Hash unidirecional e mitocôndria do microdinheiro: Micropagamento digital de portador”. Hoje damos início à “’Acerte-os onde não estão’: Implantando transações de portador digital”, a oitava obra da série “The Geodesic Market”.
‘Acerte-os onde não estão’: Implantando transações digitais de portador
(Fevereiro de 1999)
Na parte final dessa série sobre o uso de instrumentos financeiros digitais de portador, Robert Hettinga sai da teoria para explicar como nós podemos de fato implementar esses instrumentos.
Você não poderia ter superado as revoltas do mercado de capitais dos anos 80, muito menos o filme Wall Street de Oliver Stone, sem esbarrar com Sun Tzu, o antigo pensador militar chinês que, para nossos propósitos, é melhor resumido pela máxima de Stonewall Jackson, ‘Acerte-os onde não estão’.
Entre outras coisas, Sun disse que um pequeno exército deveria parecer grande, um grande exército, pequeno, deveria-se atacar quando o inimigo recuasse e recuar quando o inimigo atacasse. Você quase pode ouvir o P.T. Barnum resmungando, em algum lugar, “Nunca dê uma chance a um otário”. Mao, acomodando sua platéia pretendida com muitas simples exortações de palavras únicas e muitos pontos de exclamação, recapitulou a lógica de Sun e venceu suas guerras da mesma maneira.
Proponho, em termos menos floridos aqui, pensar sobre a implantação de transações digitais de portador nesse mesmo espírito. Ou seja, comece onde a liquidação escritural não está e siga em frente. Com esse fulcro, podemos alavancar a complexidade da liquidação digital do portador contra si mesmo e começar a “surfar” os glops existentes dos mercados de entrada em livros em mercados menores e mais geodésicos.
Se pensarmos nisso, enfrentamos quase a mesma tarefa que Copérnico, Kepler e Gallileu fizeram quando removeram a Terra do centro do universo. Como Kepler, usaremos as elipses matemáticas simples da criptografia financeira para substituir os epiciclos ptolomaicos financeiros e legais que as economias industriais tiveram que construir em cima de suas redes de informação eletrônicas, mas ainda controladas por humanos. Queremos transferir dinheiro para essas novas redes geodésicas que construímos no cypherspace sem o shovelware¹ financeiro que atualmente passa pela liquidação de transações da Internet. Se, é claro, é isso que você pode chamar as transações de liquidação fora de banda executadas pela internet, que é o que verdadeiramente são as transações de cartão de crédito pela internet e até cheques.
Eu já passei os últimos seis meses dizendo a você, com uma pincelada ampla, como aplicar a tecnologia de transação digital ao portador a todo tipo de security imaginável. Este artigo é sobre aplicações específicas da tecnologia de transação digital ao portador nos problemas que as pessoas me contaram. É um esforço para iniciar seu próprio pensamento sobre o acordo digital de portador em seu próprio negócio.
Em novembro do ano passado fui a Londres, onde, quando não estava falando com o E-Finance Forum, ou com alguém na cidade e, finalmente, com a conferência do Instituto Adam Smith sobre o comércio pela internet, tudo graças a Duncan Goldie-Scot, passei duas noites em um bar australiano de vinhos de Kensington, pensando em algumas ideias de liquidação ao portador de mercado de capitais com alguns dos participantes da conferência.
Depois que terminarmos com esses dois, eu gostaria de falar sobre mitocôndrias de microdinheiro, e um esforço em andamento na DARPA para tornar a internet “mais inteligente”.
¹ Shovelware é um jargão de computação pejorativo que refere-se a pacotes de software mais notáveis pela sua quantidade do que sua qualidade ou utilidade do que está incluído
Essa foi a primeira parte da oitava obra, no próximo versículo a segunda. Ricas bençãos!
