Boa noite povo!
No último versículo terminamos o primeiro artigo da série “The Geodesic Market”, chamado “Digital Bearer Settlement”. Hoje começamos a tradução do segundo artigo, de nome “The Geodesic Market” também.
O mercado geodésico
Junho 1998
“Quando estou trabalhando em um problema, nunca penso em beleza. Eu só penso em como resolver o problema. Mas quando terminar, se a solução não for bonita, sei que está errado.”
– R Buckminster Fuller
Este é o primeiro de uma série de artigos que Duncan Goldie-Scot me encarregou de escrever sobre o futuro da tecnologia financeira em uma era de ligações de redes (internetworks) onipresentes, a lei de Moore e uma forte criptografia financeira.
Estou chamando essa série de O Mercado Geodésico, no espírito de um livro “popular” que eu tenho trabalhado chamado, estranhamente, de “Beyond Civilization: Life in a Geodesic Society” (Além da Civilização: A Vida em uma Sociedade Geodésica). Na verdade, a tecnologia básica sobre a qual vamos falar é um grupo de protocolos criptográficos financeiros que denominei acordo de transação digital ao portador, que é o título de outro livro em que estou trabalhando.
Quando eu era adolescente, nos anos 70, meu melhor amigo, Jeff Blanton, e eu, devorávamos com entusiasmo todos os “Domebooks” da Stewart Brands. Em 1974, quando o capitalismo era a coisa mais distante de nossas mentes levemente drogadas, quem teria pensado que ‘Bucky’, R Buckminster Fuller, o maior designer desde Leonardo, pensávamos, havia descoberto não apenas um caminho fácil para estranhos como nós construirmos moradias baratas e invadir a terra alheia, mas descobriu a maneira em que a sociedade, mapeada como sempre em nossas topologias de comunicação, seria em um futuro não muito distante.
Buckminster Fuller, apesar de todas as suas tentativas recentes de resolver a alocação de recursos globais pelo bom e antiquado centralismo industrial hierárquico de cima para baixo, poderia não ter imaginado que a economia da troca de semicondutores nas redes telefônicas acabaria criando gigantescos mercados de capitais descentralizados. Mercados tão poderosos que fariam o truste sem controle mais ganancioso do século 19 parecer a mais bucólica guilda feudal. Em um dia de festa. Com os pés para cima. Mercados de capital operando em uma topologia de rede quase idêntica às estruturas geodésicas que eu e meu amigo estávamos tão apaixonados nos dias dos “Allman Brothers”, das calças boca de sino da Levi’s, e psicoquímicos de baixo rendimento.
Ainda mais irônico, você e eu vamos aplaudir estridentemente esses novos mercados geodésicos, enquanto eles surfactam grandes concentrações de informação financeira e capital em bits cada vez menores, microintermediando tudo como um monte de gordura em em água de lavar louças com detergente, em um mercado transnacional instantâneo para o capital. Nós vamos torcer por esses novos mercados porque eles vão nos fazer muito dinheiro.
Terminamos aqui a primeira parte do segundo artigo da série. Amanhã a segunda parte. Deus os abençoe!