Se tem algo que as pessoas não possuem é privacidade na internet.
Sim, você é amplamente vigiado e seus dados são rastreados sendo que isso não é nenhuma novidade para ninguém.
Agora, os dados dos cidadãos estão chamando a atenção de mais uma Entidade.
Através de seu Blog, o Fundo Monetário Internacional (FMI) fez uma postagem intitulada “What is Really New in Fintech”, que aborda em parte, a relação comercial e financeira das empresas em relação aos Bancos privados.
Embasado no Artigo publicado por pesquisadores do FMI, a Entidade vê a possibilidade de usar os dados do histórico de navegação, de pesquisa, e de compras realizadas por usuários diversos para criar um mecanismo mais preciso para determinar a classificação de crédito de um indivíduo ou empresa.
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O objetivo do FMI é claro e se embasa no princípio de que novas empresas tem tornado os Bancos menos relevantes para o sistema financeiro.
E assim, os Bancos Centrais podem precisar “ajustar sua caixa de ferramentas de implementação de política monetária, permitindo potencialmente aos não bancários o acesso a linhas de liquidez e incorporando-as em suas operações”.
O fato é que os Bancos estão enfrentando uma séria ameaça de empresas de tecnologia como Google, Facebook e Apple, e fintechs financeiras.
E assim, não obstante estão os criptoativos.
De acordo com o FMI, estas empresas de tecnologia possuem maior acesso às informações de softwares e as suas plataformas de mensagens podem substituir os locais físicos de que os bancos dependem para se encontrar com os clientes.
No caso dos criptoativos, as transações anônimas ou entre carteiras não custodiadas tiram os Bancos do meio como terceirizados diminuindo seu poder de captação de recursos.
De fato, esta é uma forma singela que o Portal Bitnotícias encontrou para camuflar o conceito de “roubo” que o meio estatal exerce sobre as transações financeiras.
A idéia de captar as nossas informações na internet para informar classificações de cunho sócio-econômico pelo Estado é apenas mais uma lesão que é causada a cada cidadão.
O FMI se preocupa em recolher tais dados para socorrer os Bancos, e não para socorrer a população.
O intuito dos Bancos Centrais é abrir linhas de créditos específicas para cada tipo de usuários, mas estes se esquecem das altíssimas taxas que cada Banco cobra para isto.
Na publicação, a declaração de que “os Bancos tendem a proteger as condições de crédito para seus clientes de longo prazo durante as recessões”, beira o absurdo.
Isto porque não existem linhas de créditos para os desbancarizados e excluídos do sistema financeiro estatal tradicional.
Não por menos os criptoativos estão sendo utilizados em massa em países como Venezuela, Colômbia, China, e países africanos em geral, pois com apenas um smartphone e uma conexão com a internet se cria a possibilidade de inclusão financeira que antes estes desbancarizados não possuíam.
Vendo esta relação de consumidor financeiro que passamos a entender de forma mais clara o medo do Estado em relação ao Diem, criptomoeda do grupo Libra, anteriormente denominada Libra.
A explicação de que o Estado está se moldando para melhorar a relação entre Bancos e clientes é uma grande hipocrisia.
São exemplos disto a criação das moedas digitais dos Bancos Centrais que o estão fazendo não porque o mundo se viu na necessidade de minimizar problemas de contato e contágio como nos da pandemia.
O motivo claro foi o surgimento dos ativos de pagametos, como os diversos tipos de criptoativos que apenas evoluem dentro deste ecossistema.
Hoje existe o Bitcoin, mas também stablecoins, altcoins, ativos tokenizados, tokens não fungíveis, contratos inteligentes, entre tantos outros adventos provenientes do meio criptográfico.
Os Estados (ou governos) praticamente nada desenvolveram durante séculos para minimizar os custos bancários e das transações.
Para não dizer que não desenvolveram absolutamente nada, podemos citar o Banco Central brasileiro que criou o PIX!
Sim, otimizou as nossas vidas, mas este é um empreendimento puramente de “ponta pé” para a criação da moeda digital nacional.
Isto tanto é um fato, que qual é a criptomoeda que realiza pagamentos entre Bancos, mesmo?
Alguma semelhança do logotipo desta criptomoeda com o logotipo do PIX seria apenas uma mera coincidência, certo?
Bem, ao menos os pesquisadores que escreveram o Artigo do FMI reconhecem que haverá preocupações com a privacidade e as políticas relacionadas à incorporação desse tipo de softdata na análise de crédito.
Também não seria nada improvável que o Banco Central através do Estado exigisse que empresas como o Facebook, Alibaba, Apple, entre outras, vinculassem as suas informações para com os Bancos.
O FMI claramente enxerga que estas empresas de tecnologia possuem vantagens sobre os Bancos.
E temem seriamente que a tecnologia P2P das blockchains migre para estas empresas.
Por isso a necessidade de inserir os Bancos numa rede mundial de pagamentos, conhecer dados dos consumidores, e se apresarem para dar crédito a clientes e diferentes formas de pagamento como as moedas digitais dos Bancos Centrais.
Já imaginou se estas grandes empresas de pagamentos ou de tecnologia passam a negociar via P2P ou fintechs com grandes instituições privadas?
Daí será o sepultamento definitivo dos Bancos.