O Irã está testando a possibilidade de realizar atividades econômicas transfronteiriças usando ativos digitais, e assim tenta ampliar a sua relação com o comércio exterior afetada pelas sanções norte-americanas.
Se não vai de jeito vai de outro
As limitações de comércio exterior impostas pelos Estados Unidos ao Irã fizeram com que o país realizasse a sua primeira transação de comércio usando um criptoativo.
O valor da transação foi de US$ 10 milhões.
Não foi informado qual criptoativo foi utilizado, mas especula-se que foi com alguma stablecoin.
O anúncio foi feito pelo vice-ministro da Indústria, Minas e Comércio; e Presidente da Organização de Promoção Comercial do Irã (ITPO), Alireza Peyman-Pak, em sua conta do Twitter.
Na publicação o vice-ministro disse que “até o final de setembro, o uso de criptomoedas e contratos inteligentes será generalizado no comércio exterior com os países-alvo.
O Irã já havia informado que estava negociando com oito mercados a realização destas transações, cita-se: França, Reino Unido, Rússia, Áustria, Alemanha, Suíça, África do Sul, e Bósnia.
Em junho deste ano a diretora do Centro de Exportação da Rússia (REC), Veronika Nikishina, anunciou que o Centro havia começado a trabalhar na criação de uma “sandbox digital transfronteiriço” para pagamentos em criptoativos.
De fato há uma tendência dos países que sofrem sanções em usarem moeda digitais como meios de pagamentos contornando as sanções executadas pelo FMI e pelo Banco Mundial.
Estas negociações apenas estão sendo possíveis devido à evolução da legislação e regulamentação dos criptoativos nos países.