Diante do trauma causado pela quebra da FTX, além das especulações de que outras exchanges centralizadas possam estar insolventes, o mercado das finanças descentralizadas (DeFi) está vivenciando um grande fluxo de novos usuários e de investimentos.
Desta vez este subtítulo será escrito em caixa alta: EXCHANGE NÃO É CARTEIRA!
Desde os primeiros rumores sobre os problemas financeiros da exchange FTX, muitos usuários passaram a migrar seus investimentos para exchanges descentralizadas (DEX).
Após as informações de que a FTX realmente estava insolvente, o aumento do volume de negociação em DEX cresceu exponencialmente.
Apenas para se ter uma ideia, segundo dados da Dune Analytics o volume de negociações dentro da plataforma Uniswap mais que triplicou nos últimos dias.
Em apenas uma semana mais de US$ 20 bilhões foram negociados em DEXs, sendo que a Uniswap foi a que mais recebeu fundos e processou transações.
A DEX Curve viu seu volume de transações quase dobrar no dia seguinte ao anúncio da quebra da FTX.
A plataforma da Curve havia processado cerca de US$ 700 milhões no dia anterior ao anúncio, e no dia do anúncio processou cerca de US$ 1,3 bilhões.
Outra beneficiada foi a DEX da 1Inch, que processou mais de US$ 5 bilhões apenas na semana passada.
E a tendência é de que este volume aumente à medida que novas informações ou suposições referentes às exchanges centralizadas (CEXs) assustam o mercado.
Uma delas, por exemplo, é de que exchanges centralizadas estejam migrando fundos entre carteiras quentes para inflarem seus saldos de reserva.
O resultado da quebra da FTX para o mercado é tão marcante que segundo a Glassnode o volume de retirada de fundos em geral, principalmente de bitcoin de exchanges centralizadas, bateu recorde histórico na última semana.