A Financial Services Agency (FSA) do Japão, responsável por supervisionar o ecossistema de cripto do país, publicou o número de consultas que recebeu dos consumidores no último trimestre de 2018, mostrando uma queda no número de consultas para moedas virtuais.
As consultas que a FSA recebe variam em seu escopo de reclamações, conselhos, resolução de disputas e consultas gerais. Durante o quarto trimestre de 2018, o número de consultas relacionadas às criptomoedas e assuntos relacionados foi de 788; 443 a menos que no trimestre anterior.
Durante o trimestre anterior, de 1º de julho de 2018 a 30 de setembro de 2018, as consultas referentes a criptomoedas e áreas afins foram de 1.231, o que representa também uma queda de 371 casos em relação ao trimestre anterior.
A curiosidade sobre as criptos está diminuindo no Japão?
O número decrescente de consultas relacionadas às criptomoedas podem ser vistos de diversas maneiras. Uma razão pode ser que os investidores não estão mais interessados em negociar ou investir em criptomoedas no país.
Isso estaria de acordo com a tendência atual do mercado, pois embora a indústria de criptomoedas tenha começado forte em 2018, o valor das moedas digitais diminuiu drasticamente. Com o mercado em baixa, alguns traders têm procurado investir em outros lugares, inclusive em ativos mais tradicionais, como o ouro.
Além disso, empresas focadas em criptomoedas e exchanges também tiveram tempos difíceis devido à queda na demanda. No Japão, grandes empresas financeiras vêm saindo do setor de criptomoedas, como as grandes GMO e DMM.
No entanto, outra maneira de ver os números da FSA é que há menos reclamações e os consumidores japoneses estão mais confiantes com o setor de cripto. Embora o Japão tenha perdido duas da maiores empresas no setor de mineração, isso não significa que o mercado está morrendo.
De fato, em dezembro do ano passado, a FSA revelou que a demanda por acesso ao mercado de criptomoedas do Japão está em ascensão, com mais de 190 empresas de criptomoedas tentando entrar no espaço cripto japonês.
Trata-se de um aumento de 30 empresas a partir do momento em que o regulador revelou anteriormente a contagem em agosto, que na época, contava com 160 operadoras.