Esta semana, a Equinor, gigante no setor de energia, anunciou uma parceria estratégica com a empresa de energia computacional Crusoe, no conceito de mineração de criptomoedas.
A Equinor vai reduzir a sua emissão de gás carbônico vendendo a eletricidade gerada a partir do gás residual para a empresa Crusoe produzir energia computacional.
Desde o final de 2019 a Crusoe possui uma mineradora de criptomoedas, e designava parte da própria energia computacional que produzia para minerar Bitcoin.
Através de projetos como o da mineração de bitcoin, a Crusoe vem ajudando no problema crescente da queima de gás, em que as empresas de energia queimam o excesso de gás na ausência de capacidade adequada do gasoduto.

Citando dados da Global Gas Flaring Reduction Partnership do Banco Mundial, Crusoe disse que quase 497 bilhões de pés cúbicos de gás natural são queimados anualmente nos Estados Unidos, o que é gás suficiente para abastecer mais de 10 milhões de residência
Trata-se de uma parceria resultado de implementações estratégicas e inovações em melhoria onshore da empresa nos EUA, que visam a conservação do planeta e a otimização de custos.
Lionel Ribeiro, responsável pelo projeto, afirmou esta ser uma parceria natural que oferece soluções entre as partes.
A mineração de criptomoedas requer muita eletricidade para alimentar computadores, enquanto uma mercadoria valiosa é desperdiçada e as emissões de carbono são criadas quando queimamos. Ao conectar essas dores inversas, podemos satisfazer ambas as necessidades sem nenhum custo para as despesas de mercado.
A eletricidade criada opera os módulos de computação e telecomunicações intensivos que mineram o Bitcoin, bem como os sistemas de resfriamento necessários para evitar o superaquecimento desses supercomputadores.
É uma solução disruptiva e escalonável, e reduz a lacuna entre a fonte de produção de energia e o consumo final de energia, enquanto reduz nossa emissão de carbono.
Lionel Ribeiro em mensagem de Intranet

Desde 2018 a Equinor vem buscando inovações na área da tecnologia digital, sendo pioneiros no uso de blockchain em diferentes setores e etapas de seus empreendimentos.
Os novos empreendimentos da Equinor buscam criar uma plataforma digital cada vez mais segura e em tempo real, baseada em blockchain, para gerenciar transações físicas de energia desde a entrada do comércio até a liquidação final.
A Blockchain pode soar enigmática, mas a mística é ilimitada quando se trata do que poderia oferecer a uma empresa que faz milhares de transações de energia física todos os anos.
Redwan Zeroual – Desenvolvedor de um dos projetos da Equinor
Atualmente, a plataforma da Equinor utiliza tecnologia blockchain, e segundo a empresa oferece maior potencial de reduzir riscos operacionais administrativos e custos de comercialização de energia física, além de melhorar a confiabilidade e eficiência de todo o processo de transação.