Em seu último relatório de combate à lavagem de dinheiro com criptomoedas, a CypherTrace apontou diversos destaques referentes ao ano de 2019. Entre os pontos levantados pela empresa forense, o que mais chama atenção é o aumento da quantidade total de roubos e fraudes relacionadas à criptomoeda.
Estes tipos de crimes acumularam uma perda total de US$ 4,5 bilhões ao longo do ano. Deste montante, US$ 370,7 milhões foram subtraídos em roubos e hacks em exchanges, e US$ 4,1 bilhões em perdas por fraude e apropriação indébita de fundos.
Assim, fica evidente que uma expressiva parte das perdas com crimes criptos deve-se a apropriação indébita e fraude, que aumentou cinco vezes, disse a CipherTrace.
“Percebemos um aumento significativo de pessoas mal-intencionadas que tentam enganar vítimas inocentes ou lesar seus usuários por meio de esquemas Ponzi. Ataques de dentro das organizações levam a saídas significativas, com grandes conseqüências para o ecossistema criptográfico”, comentou o CEO da CipherTrace, Dave Jevans.
Curiosamente, as perdas relacionadas com roubos e hacks à exchanges diminuíram cerca de 66% no ano passado. Segundo um relatório da Chainalysis emitido em janeiro, o valor total roubado das exchanges caiu para cerca de US $ 283 milhões no ano passado.
Além disso, os pesquisadores apontaram duas grandes perdas no começo do ano como catalisadores para o expressivo aumento nas perdas. Os investidores asiáticos chegaram a perder cerca de US$ 3 bilhões com o esquema da PlusToken, o maior golpe do ano. Em segundo lugar ficou a exchange canadense QuadrigaCX, que lesou seus clientes em US $ 135 milhões depois de seu co-fundador morrer levando consigo as chaves privadas dos fundos de vários investidores.