Com o final de 2019 cada vez mais próximo, o mercado financeiro já começa a pensar no próximo ano. E, o tradicional otimismo de ano novo não é refletido nas expectativas dos investidores de alto patrimônio, segundo pesquisa elaborada pela área global de gestão de patrimônio do banco suíço UBS.
A pesquisa que entrevistou mais de 3400 investidores de 13 mercados (Brasil, China, Alemanha, Hong Kong, Itália, Japão, México, Cingapura, Suíça, Taiwan, Emirados Árabes, Reino Unido e EUA) com patrimônio superior a um milhão de dólares, constatou que os investidores estão hesitantes e cautelosos com relação ao próximo ano, mas que possuem uma boa expectativa para a década vindoura.
Para mais 2600 entrevistados, 2020 será um ano de alta volatilidade no mercado e mais da metade deles acreditam que em algum momento do próximo ano haverá uma queda significativa.
Para a maioria, o ambiente de investimento se tornou mais desafiante com o passar do tempo, e o foco de atenção tem se alterado. 66% acreditam que os mercados são movidos mais por questões geopolíticas do que por fundamentos. Por esse motivo, a guerra comercial entre China e Estados Unidos é vista como o maior ponto de preocupação entre 44% dos entrevistados.
Com o passar do tempo, os investidores viram o foco de atenção mudar, acreditando que questões geopolíticas podem movimentar mais o mercado do que por fundamentos. Por esse motivo, a pesquisa constatou que a guerra comercial entre China e EUA é a questão que despertar maior preocupação entre os entrevistados, seguida por políticas internas e
eleição presidencial americana.
Apesar da hesitação que 2020 desperta nos investidores entrevistados, uma parcela considerável está otimista com a próxima década, visando explorar no futuro tendências como envelhecimento da população, tecnologia, automação e sustentabilidade.
De acordo com a pesquisa da UBS, os investidores brasileiros estão alinhados com o pensamento global, compartilhando os mesmos anseios e otimismos, destacando que dentre todas as regiões o Brasil é o mercado que está mais preocupado com o impacto das próximas eleições americanas.