Uma pesquisa realizada entre estudantes universitários na China indica que muitos deles veem um futuro brilhante para as criptomoedas em seu país. Um quarto dos entrevistados disse que procuraria emprego no setor que lida com ativos digitais e tecnologias relacionadas. Aproximadamente um em cada 12 alunos já possui criptomoedas.
17% dos estudantes pesquisados já investiram em criptomoedas
A China tem uma atitude mista em relação às criptomoedas em geral. Por um lado, o governo em Pequim expulsou efetivamente projetos de oferta de moedas e grandes exchanges para fora do continente. Por outro lado, a indústria de mineração de criptomoedas pode prosperar em certas regiões do país com energia barata e abundante em condições climáticas ideais. Os
planos para um yuan digital também estão avançando com o Banco Popular da China contratando recentemente seis especialistas em cripto.
Ao contrário das autoridades, no entanto, o povo chinês tem adotado moedas descentralizadas com muito menos hesitação e por razões óbvias – não apenas pela utilidade que elas trazem, mas também como resistência à censura.
A pesquisa confirma que os jovens e os amantes de tecnologia têm expectativas predominantemente positivas sobre o futuro do espaço cripto. Atualmente, mais de 8% dos estudantes chineses possuem alguma criptomoeda, enquanto outros 9% já investiram em ativos digitais.
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A pesquisa foi conduzida pela Panews entre participantes de 131 faculdades e universidades em 26 províncias chinesas. A maioria dos entrevistados, mais de 77%, é de graduação, e o restante são estudantes de pós-graduação. A maioria deles é especializada nas áreas de economia, administração e engenharia, mas também existem alguns que estudam literatura, por exemplo.
27% dos futuros graduados querem trabalhar na indústria cripto
Vale ressaltar que quase 27% dos estudantes da pesquisa indicaram que procurariam emprego na crescente indústria de blockchain no futuro. A mídia continua sendo a principal fonte de informações sobre o espaço cripto e quase 40% dos estudantes descrevem as reportagens como influentes. Apesar disso, quase um quarto dos participantes admitem que
não sabem nada sobre blockchain, 22% reconhecem que a cobertura da grande mídia é principalmente negativa, enquanto 17% afirmam ouvir notícias mais positivas.
Os autores do estudo apontam que os cursos educacionais relacionados à criptomoeda ainda são raros nas instituições de ensino superior chinesas. Ao mesmo tempo, o nível de conhecimento sobre criptomoedas é relativamente alto, com 67% dos entrevistados afirmando que conhecem Bitcoin. Cerca de 15% admitiram não ter ouvido nada sobre as moedas Ethereum, Neo e o Projeto Libra do Facebook. Apenas sete dos entrevistados
conheciam todas as opções em uma lista de 11 termos do universo cripto como “mineração”, “stablecoin” e “valor de hash”.
República Popular da China
Embora a República Popular da China se aproxime das criptomoedas com cautela e já tenha tentado limitar sua disseminação na sociedade e na economia chinesas, Pequim não fez vista grossa ao desenvolvimento de moedas descentralizadas. Por exemplo, o Centro de Informação e Desenvolvimento da Indústria do país publica classificações cripto regulares avaliando vários projetos no espaço com base em sua própria lógica.