Um estudo sobre Day Trading, realizado pela Fundação Getúlio Vargas, apontou que pouquíssimos negociadores conseguem lucrar constantemente com a atividade. Os autores do estudo encomendado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Bruno Giovannetti e Fernando Chague, chegaram a comparar a atividade a um jogo de azar.
“Viver de day trading é como viver de roleta”, comentou Giovannetti em uma recente entrevista publicada no canal da FGV no YouTube. De fato, segundo os autores, ao contrário do senso comum, a prática da atividade não leva a perfeição. Isso indica que a atividade não pode ser aperfeiçoada, “não adianta repetir. A gente viu que o tempo vai passando e o trader não vai melhorando”, completou o pesquisador.
Apesar da pesquisa traçar essa relação entre day trading e jogos de azar, os pesquisadores notaram um crescente interesse na atividade. Embora a atividade não seja muito difundida, muitas pessoas estão buscando aprender mais sobre ela. Para isso, os interessados procuram cursos voltados à prática, principalmente em redes sociais.
Além da atividade não ser otimizada, ela conta com uma competição desleal. Afinal grandes empresas do setor tecnológico e financeiro desenvolvem softwares que fazem o day trade de forma muito mais rápida. O fato de uma máquina poder realizar funções em frações de segundos torna a competição desleal.
“É como você pegar um monte de gente de um metro e meio para treinar para jogar a NBA. O pessoal vai treinar, vai ficar treinando arremesso e tudo, e na hora que colocar para jogar não vai dar muito certo”, explicou Giovannetti.