Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos, reafirmou sua visão de que o Bitcoin é um concorrente direto do ouro e não uma ameaça ao dólar americano.
Durante o DealBook Summit, em Nova York, Powell destacou que o Bitcoin é usado como um ativo especulativo, semelhante ao ouro, mas não cumpre funções de pagamento ou reserva de valor estável.
Bitcoin e Ouro: ativos de natureza similar
Powell declarou que as pessoas enxergam o Bitcoin como uma alternativa digital ao ouro, mas sua alta volatilidade impede que seja uma competição para o dólar como meio de pagamento ou unidade de conta.
Desde que Powell fez comentários semelhantes em 2021, o Bitcoin teve uma valorização de 70%, enquanto o ouro subiu apenas 52%, reforçando o crescimento do ativo digital.
Ele também refutou a ideia de que o Bitcoin seja um reflexo da falta de confiança no Federal Reserve ou na moeda americana. Segundo Powell, essa visão não é representativa da percepção dos usuários de criptomoedas.
Apesar de sua crítica à natureza especulativa do Bitcoin, ele ressaltou que está aberto a empresas cripto operarem com bancos, desde que sigam normas de proteção ao consumidor e não prejudiquem a saúde do sistema financeiro.
Bitcoin em alta e cenário político favorável
O Bitcoin atingiu recentemente o valor de US$ 99.329, impulsionado por fatores como a vitória presidencial de Donald Trump, que promete uma administração favorável ao mercado cripto. A criptomoeda está prestes a romper a marca histórica de US$ 100.000, alimentando debates sobre seu papel no sistema financeiro global.
Trump, conhecido por criticar Powell, escolheu figuras pró-cripto, como Paul Atkins, para liderar a SEC, promovendo um ambiente potencialmente favorável para o crescimento das criptomoedas no mercado regulado dos Estados Unidos.
O contexto destaca o Bitcoin como um ativo estratégico em evolução, enquanto questões de regulação e adoção institucional permanecem centrais na discussão.