A Procuradora-Geral de Nova York, Letitia James, entrou com uma ação judicial para recuperar US$ 2,2 milhões roubados por meio de um esquema de trabalho remoto falso envolvendo criptomoedas.
A ação inovadora busca processar os responsáveis, cujas identidades ainda são desconhecidas, utilizando NFTs como método de entrega da intimação judicial.
Esquema de trabalho remoto e fraude com criptomoedas
‘Golpistas enviaram mensagens de texto para nova-iorquinos prometendo empregos flexíveis e bem pagos apenas para enganá-los a comprar criptomoedas e depois roubá-las deles’, disse Letitia James em uma declaração de 9 de janeiro.
O esquema enganou residentes de Nova York com promessas de empregos remotos bem remunerados. Os golpistas instruíram as vítimas a criar contas de criptomoedas, depositar fundos e realizar tarefas fictícias em sites fraudulentos.
As vítimas foram convencidas de que os depósitos seriam usados apenas para ‘legitimar’ transações e que seriam devolvidos com uma comissão. No entanto, os fundos foram transferidos diretamente para carteiras controladas pelos golpistas.
Entre as vítimas identificadas está uma recepcionista de hotel que perdeu US$ 100.000. A Procuradora-Geral, em parceria com o Serviço Secreto dos EUA, conseguiu congelar os fundos roubados em stablecoins, totalizando US$ 2,2 milhões. James enfatizou a crueldade do golpe, que visava pessoas tentando sustentar suas famílias com trabalhos remotos.
Intimação via NFT e medidas de prevenção
Em uma abordagem inédita, a intimação será enviada diretamente às carteiras dos golpistas por meio de um NFT. Este token fornecerá um link para a documentação legal hospedada no site do Escritório do Procurador-Geral.
Essa medida é vista como uma resposta criativa e tecnológica ao desafio de alcançar indivíduos anônimos envolvidos em crimes digitais.
O caso destaca um padrão crescente de golpes em criptomoedas, conhecidos como ‘pig butchering,’ em que os golpistas estabelecem confiança com as vítimas para maximizar os ganhos. A Procuradora-Geral Letitia James alertou os nova-iorquinos sobre mensagens de texto de remetentes desconhecidos oferecendo oportunidades de trabalho e incentivou a denúncia de possíveis fraudes.
Essa ação reflete a crescente sofisticação tanto dos crimes quanto das respostas legais no setor de criptomoedas, sublinhando a necessidade de vigilância e regulamentação contínuas.