Que o nosso dinheirinho vive se desvalorizando, não é nenhuma novidade.
Haja vista o surgimento do lobo-guará duplicando o valor da nossa maior cédula, e mesmo assim a nota de R$200 reais está 63% desvalorizado em relação a maior cédula do Dólar (US$100 dólares) na cotação de hoje.
Assim, trouxemos dois gráficos comparativos onde conseguimos visualizar de forma mais apropriada onde estamos dentro do poço.
Utilizando as ferramentas gráficas do site Koyfin realizamos comparações entre diferentes instâncias econômicas e o nosso (não) tão querido Real.
O gráfico traz os valores de janeiro a setembro de 2020, e os números são expressivos.
No primeiro gráfico colocamos lado a lado:
A cotação do Dólar americano comparado ao Real brasileiro;
A cotação do Euro da Comunidade europeia comparado ao Dólar americano;
E a cotação do Dólar americano comparado ao Yen japonês.
Conforme mostrado, o Dólar americano teve uma valorização expressiva diante do nosso Real. São 32,09%!
Já o Euro apresentou uma valorização sobre o Dólar americano de 5,1%, o que apenas nos mostra que o Real brasileiro teve uma desvalorização maior ainda quando comparado ao Euro, uma vez que o Euro se valorizou diante do Dólar americano.
Por fim, o Dólar americano apresentou uma desvalorização de -2,15% em comparação ao Yen japonês, o que também nos leva a deduzir que mais uma vez o Real brasileiro apresentou uma grande desvalorização diante do FIAT nipônico, uma vez que ele também se valorizou sobre o Dólar.
Ressalto que a plataforma do Koyfin não nos permite realizar uma comparação direta entre o Real e o Euro, e o Real e o Yen; mas “juntando os pontos” a dedução se torna óbvia.
Já no segundo gráfico trouxemos uma comparação da valorização entre:
A Bolsa de Valores americana NASDAQ (NDX);
O índice S&P500 (SPX), e o índice Dow Jones (INDU);
O minério Ouro cotado em Dólar (XAUUSD);
A criptomoeda Bitcoin cotada em Dólar (BTCUSD);
E o Índice de referência da Morgan Stanley Capital International (MSCI), que tenta em parte replicar a Bolsa de Valores brasileira cotada em Dólar, representada no gráfico pela sigla EWZ.
O EWZ é um fundo de investimento que utiliza índices brasileiros como referência, sendo hoje considerado como o maior ETF (Exchange Traded Fund) do Brasil.
Lá em cima no gráfico, com valorização no ano de 43,55% está o Bitcoin. Abaixo do “ouro digital” (conforme é apelidado o Bitcoin), vem a valorização Bolsa de Valores NASDAQ (30,58%), páreo a páreo com o reluzente ouro “de verdade” (28,23%).
Lá para baixo, mas ainda com resultado positivo está o Índice S&P500 com valorização de 5,31%.
Já abaixo do eixo X do gráfico, portanto com desvalorização em comparação à abertura do ano, estão o Índice Dow Jones (-1,93%), e o Fundo de investimentos internacional do Brasil com nada menos que -33,42% de desvalorização.
Diversos fatores sociais, políticos e econômicos distintos fizeram com que estes números chegassem a estes patamares.
Com uma política falida, assolada por corrupção; com um presidente alucinado que mais abre a boca para balbuciar besteiras; com uma economia em decadência e em plena depreciação; e com mais uma enxurrada de fatores sociais perambulando às cegas, estes gráficos apontam que possivelmente passaremos por grandes dificuldades no futuro.
Pior, é que assim constatamos em que nível estamos dentro do poço: No fundo! E o prognóstico é que possivelmente cavaremos ainda mais um pouco.