- Robinhood expande tokenização e amplia acesso global a ações americanas
- Europa lidera a nova era dos ativos digitais tokenizados
- Tokenização torna investimentos mais acessíveis e negociações 24h possíveis
A plataforma Robinhood deu um passo marcante nesta semana ao liberar 80 novos tokens emitidos na rede Arbitrum, oferecendo aos usuários na União Europeia um acesso ampliado a ações, títulos e ETFs dos Estados Unidos. A iniciativa faz parte de uma estratégia mais ampla de tokenização de ativos tradicionais em formato digital, que vem transformando o mercado financeiro global.
Desde junho, a Robinhood disponibiliza mais de 200 ações americanas tokenizadas para seus clientes europeus, abrindo novas possibilidades de investimento fora dos EUA. Além disso, a novidade dos 80 tokens inclui papéis como GLXY (Galaxy), BULL (WeBULL) e SNPS (Synopsys), ampliando significativamente o portfólio de ativos acessíveis.
A nova oferta de tokens
Com esta expansão, a Robinhood atinge um total próximo de 500 ativos tokenizados na rede Arbitrum. Dados recentes indicam que 70% desses ativos são ações, cerca de 24% são ETFs, e o restante inclui commodities, títulos do Tesouro e ETFs de criptomoedas. Essa diversificação permite que investidores europeus acessem o mercado americano de forma mais direta e com menor barreira de entrada.
A tokenização permite que investidores comprem frações de ações e negociem 24 horas por dia, mesmo fora do horário tradicional da bolsa. Isso representa um avanço importante em termos de acessibilidade e liquidez. Porém, para a Robinhood, esse modelo é o futuro do mercado financeiro, e deve se tornar o padrão em até cinco anos, à medida que mais países criarem regulamentações claras para ativos tokenizados.
Impactos e caminho regulatório
A tokenização tem se consolidado como uma tendência irreversível no mercado financeiro. O CEO da Robinhood afirmou que esse movimento “é como um trem de carga impossível de parar”. Ele acredita que a tokenização de ações e imóveis chegará a todos os mercados do mundo, embora a implementação completa possa levar mais de uma década.
No entanto, os reguladores já demonstram preocupação em criar regras claras para equilibrar inovação e proteção aos investidores. Os tokens da Robinhood funcionam como derivados baseados em blockchain, e não representam propriedade direta das ações subjacentes. Além disso, esse modelo ainda está sendo avaliado por autoridades financeiras da União Europeia e dos Estados Unidos.
O presidente da SEC, Paul Atkins, declarou recentemente que a tokenização é prioridade para o órgão, que busca atrair inovadores de volta aos EUA. Já Larry Fink, CEO da BlackRock, considera o processo a próxima grande revolução dos investimentos, permitindo que produtos tradicionais, como fundos de aposentadoria, sejam acessados por meio de tokens digitais.
Ainda mais, a Robinhood, por sua vez, acumula alta de 248% em 2025, com suas ações cotadas a cerca de US$ 129. A empresa também anunciou planos de expandir seus mercados preditivos e lançar novos tokens como Aster (ASTER), Plasma (XPL) e Virtuals Protocol (VIRTUAL), consolidando sua posição como uma das líderes globais na integração entre finanças tradicionais e criptoativos.