Mais uma vez a população mostrou às autoridades governamentais como reagir a certas imposições e barreiras econômicas.
No final do mês passado o Governo do Zimbábue proibiu a utilização de qualquer moeda estrangeira no país, reintroduzindo a sua própria moeda, o dólar Zimbábue, que fora destituído em 2009 devido a sua hiperinflação.
Após anos tentando acertar a economia do país, a atual medida não foi de bom grado para a população que há uma década utilizava os meios eletrônicos ou moedas estáveis, como o dólar americano, como as principais formas de pagamentos no país.
Conforme postado no Twitter pelo Deputado local de um partido da oposição ao Governo, David Coltart:
Você não pode forçar as pessoas a amar uma moeda; isso vai exacerbar o caos
Dito e feito!!! Com a medida, a procura por novas alternativas para precificar importações e exportações no país levou a uma busca insana pelo Bitcoin, o que levou a moeda a ser comercializada no valor aproximado de $50.000 a $78.000 mil dólares (algo em torno de R$298.000 reais na cotação de hoje, considerando o valor mais elevado da transação).
Vale lembrar que o Zimbábue não possui Exchanges de criptomoedas, pois estas foram banidas pelo Governo em 2018, assim como a comercialização de criptomoedas.
Neste caso de super valorização do Bitcoin, as transações foram realizadas via P2P, e foram registradas no site LocalBitcoin.com no dia 01 de julho, sendo que ainda há ofertas no dia de hoje.
Assim como vem acontecendo em países de fraca economia, as moedas digitais têm se tornado atrativas para conter a super inflação das moedas locais, como é o caso da Venezuela, Argentina, e muitos países africanos.