- A SEC acusou a Unicoin de supostamente oferecer certificados de fraude para seu token e ações com valor deturpado
- A agência também incluiu na denúncia três dos principais executivos da companhia
- De acordo com a SEC, a Unicoin vendeu “certificados de direitos” entre 2022 e 2024, prometendo acesso futuro a tokens vinculados a uma ampla carteira de ativos
A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) entrou com uma ação contra a Unicoin, empresa ligada ao mercado cripto, acusando-a de conduzir uma fraude de mais de US$ 100 milhões. A agência também incluiu na denúncia três dos principais executivos da companhia. Segundo o processo, a Unicoin ofereceu títulos não registrados e fez declarações enganosas a milhares de investidores, alegando que seus tokens eram lastreados por ativos bilionários.
Supostas falsas promessas e uso de publicidade para atrair investidores
De acordo com a SEC, a Unicoin vendeu “certificados de direitos” entre 2022 e 2024, prometendo acesso futuro a tokens vinculados a uma ampla carteira de ativos. No entanto, esses ativos não ultrapassavam US$ 20 milhões em valor real, muito abaixo do alegado.
A empresa divulgava publicamente que os tokens estavam registrados na SEC, o que também não era verdade. Além disso, a Unicoin afirmava ter arrecadado mais de US$ 3 bilhões com essas vendas, quando o valor real não passou de US$ 110 milhões.
Para ampliar sua base de investidores, a empresa realizou campanhas agressivas em redes sociais, táxis, aeroportos e outras mídias. O marketing sugeria que os certificados representavam um investimento seguro e regulamentado. Contudo, essas promessas não se sustentavam nos documentos oficiais. A SEC, portanto, classificou o caso como um exemplo grave de engano deliberado no setor de ativos digitais.
Executivos são citados na ação e penalidades são requisitadas
Os principais nomes envolvidos na acusação incluem Alex Konanykhin, CEO e presidente do conselho, Silvina Moschini, ex-presidente da empresa, e Alex Dominguez, ex-diretor de investimentos.
O conselheiro geral da Unicoin, Richard Devlin, também foi citado por fazer declarações enganosas. Devlin já aceitou pagar uma multa de US$ 37.500 sem admitir culpa, demonstrando disposição em cooperar com as autoridades.
A SEC agora busca penalidades civis, restituições e a proibição de que os acusados atuem como diretores em empresas públicas. A ação marca mais um passo da comissão para impor normas de transparência e combater fraudes no mercado cripto. Assim, o caso da Unicoin destaca os riscos que investidores enfrentam quando falta clareza sobre o valor real dos ativos digitais ofertados.