A Índia está usando blockchain para ajudar as vítimas de agressão sexual e doméstica a denunciarem seus agressores. Muitas das vítimas de violência doméstica e abuso sexual optam por não denunciarem seus agressores por medo de divulgar sua identidade e para não serem submetidas ao processo traumático de repetirem os detalhes do abuso aos policiais, advogados e médicos.
Impulsionado pelo movimento #MeToo, que trouxe vários agressores a justiça, a jornalista Noopur Tiwari, fundou o Smashboard, um aplicativo que visa contornar os problemas enfrentados pelas vítimas, ao tentarem conseguir ajuda médica e judicial, além de informar as vítimas sobre seus direitos.
O Smashboard utiliza a blockchain para oferecer uma plataforma que garante um certo anonimato as vítimas, que podem compartilhar o relato da agressão onde se sentirem mais seguras e confortáveis. Os registros podem ser compartilhados com médicos, advogados e delegados, evitando que a vítima reviva esse trauma seguidas vezes.
Além disso, o aplicativo conta com uma lista de profissionais da área médica, que podem ajudar as vítimas em seu processo de recuperação, e profissionais da área jurídica, que podem auxiliá-las em sua busca por justiça.
Os planos de Tiwari vão além, a jornalista espera que o governo indiano legalize o uso de criptomoedas, para que ele possa usar a blockchain de seu projeto para desenvolver sua própria criptomoeda chamada SMASH. A criptomoeda da plataforma será usada para arrecadar fundos para campanhas feministas, e de conscientização por toda a Índia.