A Tether, emissor da stablecoin USDT, congelou US$ 225 milhões de seu próprio stablecoin em resposta a uma investigação do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) sobre um sindicato internacional de tráfico humano no Sudeste Asiático.
A investigação, que durou vários meses, utilizou ferramentas de análise de blockchain fornecidas pela Chainalysis. Este congelamento marca o maior já realizado em uma stablecoin, segundo um comunicado de imprensa.
❄ ❄ ❄ ❄ An address with a balance of 87,464,642 #USDT (87,511,217 USD) has just been frozen!https://t.co/XOvIpuh3PT
— Whale Alert (@whale_alert) November 20, 2023
O sindicato criminoso está relacionado ao golpe conhecido como ‘pig butchering‘, que, de acordo com o Federal Bureau of Investigation (FBI), custou aos cidadãos dos EUA US$ 3,3 bilhões no ano passado.
Medidas de segurança e transparência
Os tokens congelados estavam armazenados em carteiras auto-custodiadas e não pertenciam a clientes da Tether, acrescentou o comunicado.
‘Através do engajamento proativo com agências globais de aplicação da lei e nosso compromisso com a transparência, a Tether visa estabelecer um novo padrão de segurança no espaço cripto’, disse Paolo Ardoino, CEO da Tether.
Além disso, a Tether também congelou 32 endereços de criptomoedas ligados ao terrorismo e a conflitos na Ucrânia e em Israel no mês passado.
Impacto no espaço cripto e além
Este incidente destaca a crescente importância da colaboração entre emissores de criptomoedas e agências de aplicação da lei para combater atividades ilícitas.
O congelamento de uma quantia tão significativa de stablecoins por uma empresa privada levanta questões sobre o papel das criptomoedas na prevenção de crimes financeiros e a eficácia das medidas de segurança e transparência no setor.
A ação da Tether pode servir como um precedente para outras empresas do setor no que diz respeito ao combate ao tráfico humano e outras atividades criminosas.