- Trump ameaça tarifas e mercados reagem com incerteza global
- Cartas de Trump podem redefinir alianças comerciais
- Acordo com China não impede tensão nas tarifas
Donald Trump alertou que vai impor tarifas unilaterais. Ele informou que notificará parceiros comerciais em duas semanas. O anúncio veio em entrevista no Kennedy Center.
Em determinado momento, vamos simplesmente enviar cartas, afirmou Trump a repórteres. “E acho que vocês entendem que, ao dizer que este é o acordo, vocês podem aceitá-lo ou rejeitá-lo.” Essa postura reforça o caráter direto da medida.
Prazo apertado e mercados em reflexão
O prazo final de 9 de julho encerra pausa temporária nas tarifas mais altas, como Trump deixou claro. Essa pausa trouxe certa estabilidade, mas o anúncio reacende incertezas sobre o comércio global.
Mercados e governos começam a recalibrar riscos e estratégias comerciais. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse à Câmara que pode estender o congelamento de tarifas para países que negociam de “boa fé.”
Ele destacou que 18 parceiros importantes discutem acordos com os EUA. Bessent reforçou: “é altamente provável que esses países… vejam a data adiada.”
Acordo provisório com a China e cenário jurídico
Trump anunciou um acordo inicial com a China para reduzir tensões comerciais. Ele descreveu o plano como “concluído”, aguardando formalização com Xi Jinping. O texto aborda controles chineses sobre exportação de terras raras, porém fontes indicam que a flexibilização vale apenas por seis meses.
O presidente também permitirá que estudantes chineses sigam nos EUA, segundo o anúncio. Ele explicou que as tarifas sobre importações chinesas somam 55%, considerando alíquotas já existentes.
Especialistas confirmam que esse percentual resulta da soma de todas as tarifas em vigor . Nesse contexto, um tribunal federal revogou uma liminar que bloqueava as tarifas, mantendo-as temporariamente. A Corte de Comércio Internacional dos EUA classificou os métodos como “ilegais”, mas a apelação reverteu esse impedimento.
Portanto, o governo mantém essa vantagem jurídica momentânea. A menos de um mês do prazo, Trump intensifica a pressão sobre mercados e diplomacia. Governos estrangeiros avaliam se aceitam ou rejeitam os termos do “take it or leave it“. A suspensão temporária prevê extensão sólida, se houver negociação ativa.
Donald Trump promete começar a enviar cartas às embaixadas em duas semanas, conforme seu cronograma. Por ora, ninguém sabe se essas mensagens abrirão nova fase nas relações comerciais. Porém, os analistas preveem reações em cadeia, surpresas em políticas tarifárias, flutuações nas bolsas e retomada da retórica protecionista.
Conforme o prazo de 9 de julho se aproxima, aumentam as apostas sobre a resposta global. Ignorar o aviso pode gerar represálias, retaliações ou renegociações intensas. Já aceitar o pacote tarifário compulsório pode provocar novas alianças ou conflitos no comércio internacional.
Por enquanto, o mundo observa cada movimento de Washington com atenção. Trump controla o cronograma e em breve definirá se essas cartas marcarão acordo ou ruptura comercial.