Dois executivos da União Conservadora da Ásia-Pacífico (APCU) lançaram o Liberty Ecosystem, uma rede baseada em blockchain destinada a combater o autoritarismo, revela um comunicado de 2 de março.
Os co-fundadores do projeto são o presidente da APCU, Jikido “Jay” Aeba, e o CEO e co-fundador da organização, Yasu Kikuta. O comunicado de imprensa descreve a iniciativa como uma “federação descentralizada de organizações locais de defesa e desenvolvimento econômico que buscam combater a ascensão do autoritarismo na região da Ásia-Pacífico e em todo o mundo”.
Pelo anúncio, regimes como a China investem em projetos estrangeiros de infra-estrutura em uma tentativa de afirmar o controle sobre a soberania política de outros países. Tal uso do poder econômico para exercer o controle político começou a resultar na exportação do modelo de governo autoritário para outros países como Sri Lanka, Indonésia e Japão.
O comunicado de imprensa explica que o projeto de blockchain envolve o uso dos chamados “símbolos da liberdade” para criar uma comunidade compartilhada e infra-estrutura financeira destinada a capacitar as organizações locais que lutam contra o autoritarismo. A iniciativa também fez uma parceria com o ecossistema token economy Wowoo.
Enquanto a Tailândia tem estado sob o controle de uma ditadura militar desde maio de 2014 – com censura na internet e um Senado desmantelado – o país demonstrou que está dando boas vindas à blockchain e às inovações em criptos em escala pública e privada.
Há muito vem sendo sugerido que o ativismo pelos direitos humanos é um dos maiores casos de uso do Bitcoin. Mesmo assim, Edward Snowden, denunciante dos Estados Unidos, expressou preocupação com as perspectivas de longo prazo do Bitcoin em uma entrevista em março do ano passado, dizendo que a blockchain pública da cripto tornava-a suscetível a abusos.