- O cofundador da Ethereum, Vitalik Buterin, introduziu um novo tipo de sistema de identidade digital chamado de “identidade pluralista”
- Em vez de uma única solução de “ID por pessoa” encapsulada em ZK, Buterin sugere usar um modelo pluralista
- Segundo Buterin, um sistema pluralista de identidades permite que cada pessoa mantenha vários perfis digitais
O cofundador do Ethereum, Vitalik Buterin, defendeu um novo modelo para sistemas de identidade digital. Em seu artigo, ele critica propostas como a da Worldcoin, que centralizam a verificação de identidade. Segundo Buterin, tais sistemas podem acabar com o pseudo-anonimato online e aumentar os riscos de vigilância. Por isso, ele propõe uma alternativa com múltiplas identidades digitais independentes por pessoa.
Identidade única ameaça o pseudo-anonimato e fortalece a vigilância
Atualmente, iniciativas como o World ID, de Sam Altman, buscam criar uma única identidade digital para cada ser humano. Essa abordagem, mesmo que adote ferramentas de privacidade como provas de conhecimento zero, ainda apresenta falhas. Para Buterin, a imposição de um único perfil universal mina o direito ao pseudo-anonimato e à liberdade de expressão digital.
Does digital ID have risks even if it's ZK-wrapped?https://t.co/rye1q5G90G
— vitalik.eth (@VitalikButerin) June 28, 2025
Além disso, ele argumenta que sistemas baseados em riqueza para evitar ataques Sybil prejudicam usuários com poucos recursos. Como consequência, a concentração de poder aumentaria e a inclusão digital seria prejudicada. Ao unificar perfis digitais, essas soluções também expõem usuários à coleta abusiva de dados e a pressões externas por parte de governos ou empresas.
Portanto, manter múltiplas identidades em ambientes digitais é essencial para preservar a diversidade, proteger a privacidade e manter a descentralização na internet.
Identidade pluralista promove segurança e inclusão no ambiente digital
Segundo Buterin, um sistema pluralista de identidades permite que cada pessoa mantenha vários perfis digitais. Esses perfis poderiam ser validados por redes sociais, registros governamentais e relações pessoais. Isso impediria o controle centralizado das credenciais digitais.
Combinando diferentes fontes de verificação, o modelo reduz o risco de falhas sistêmicas. Ele também dificulta tentativas de vigilância em massa e permite maior liberdade de expressão online. A proposta sugere ainda que sistemas com grafos sociais explícitos ou implícitos poderiam melhorar a resiliência da rede.
Dessa forma, a identidade pluralista se apresenta como uma solução mais democrática. Ela não só fortalece a segurança digital como também promove inclusão e diversidade no ecossistema online. Assim, Vitalik busca equilibrar a proteção da privacidade com a necessidade de verificar identidades no mundo digital.