Raoul Pal, ex-gerente do banco Goldman Sachs, atual CEO e co-fundador da Real Vision, uma empresa de mídia financeira e plataforma educacional global, acredita que a regulamentação contraproducente dos criptoativos nos EUA levarão empresas a saírem do país.
Em entrevista para o podcast Rug Radio, Pal disse que os problemas com a regulamentação nos EUA obrigarão as principais empresas americanas de criptoativos a abrirem sedes em outros países.
‘Os EUA erraram com a regulamentação da indústria cripto. Enquanto o Reino Unido, França, Suíça, Cingapura, Emirados Árabes Unidos e Hong Kong fizeram declarações muito fortes com o objetivo de atrair empresas de criptografia e impulsionar o crescimento da indústria’, disse Pal.
Bye bye, Estados Unidos
Em participação no podcast, Pal lembrou que certa vez os bancos norte-americanos mudaram seus negócios para países europeus em favor de regulamentações mais simples e transparentes.
Assim, o empresário disse que assim como os bancos, as empresas de criptoativos dos EUA também vão querer evitar medidas de execução desnecessárias e duras, além de ações judiciais dos reguladores, em particular, a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC).
Pal é mais um a entrar na lista de personalidades que estão criticando as ações norte-americanas, conforme documentado pelo portal Bitnotícias em reportagem sobre o ‘exército anticripto‘ liderado pela senadora Elizabeth Warren.
O grupo de países supracitados por Pal, vislumbra as possibilidades de empreendimentos em criptoativos e tecnologias associadas às blockchains, e assim cria um conjunto de regras adequadas para este mercado.
Pal destacou que a Coinbase e a Circle, são duas empresas em potencial que poderiam eventualmente mudar suas sedes para fora dos EUA.
De acordo com o empresário, o Reino Unido pode se tornar o futuro local de incorporação dessas e de muitas outras empresas cripto norte-americanas.
Entretanto, as coisas não são bem assim, pois apesar do Reino Unido estar evoluindo sua legislação em torno dos criptoativos, algumas empresas também estão considerando deixar o conglomerado de países devido às pressões regulatórias.