A Comissão de Valores Mobiliários (SEC) americana recebeu o Relatório Anual da Lei de Troca de Títulos da empresa Tesla e nela consta que a empresa investiu US$1,5 bilhão de dólares em Bitcoin.
A empresa do aclamado Elon Musk, que a cada twitte sobre criptomoedas dá uma alavancada no mercado, oficializou que agora é mais uma instituição privada, listada nas Bolsas de Valores americana, a investir em criptoativos.
O documento que possui 126 páginas cita a palavra Bitcoin por 9 vezes.
Na Parte 1 do documento, Item 1A – “Fatores de Risco, Tópico – Detemos e Podemos Adquirir Ativos Digitais que Podem Estar Sujeitos a Preços de Mercado Voláteis, Deterioração e Riscos Únicos de Perda” (página 23), a palavra aparece pela primeira vez.
Nela, a Tesla informa que:
“Em janeiro de 2021, atualizamos nossa política de investimento para nos fornecer mais flexibilidade para diversificar ainda mais e maximizar os retornos sobre nosso caixa que não são necessários para manter a liquidez operacional adequada. Como parte da política, que foi devidamente aprovada pelo Comitê de Auditoria de nosso Conselho de Administração, podemos investir uma parte desse dinheiro em certos ativos de reserva alternativa, incluindo ativos digitais, barras de ouro, fundos negociados em bolsa de ouro e outros ativos, conforme especificado no futuro. Depois disso, investimos um total de $ 1,50 bilhão em Bitcoin sob esta política e podemos adquirir e manter ativos digitais de tempos em tempos ou de longo prazo”
Na continuidade do texto a Tesla informa que, inclusive, espera começar a aceitar Bitcoin como forma de pagamento por nossos produtos em um futuro próximo.
De acordo com a empresa, o trâmite está “sujeito às leis aplicáveis e inicialmente de forma limitada, que podemos ou não liquidar no recebimento”.
Na página 33 no Tópico – “Tendências de Despesas Operacionais”, o texto descrito acima praticamente se repete por completo.
À página 46, no Tópico – “Liquidez e Recursos de Capital”, o texto volta a se repetir, mas a Tesla também declara que “acreditamos que nossos ativos de Bitcoin são altamente líquidos. No entanto, os ativos digitais podem estar sujeitos a preços de mercado voláteis, que podem ser desfavoráveis no momento em que desejamos ou precisamos liquidá-los”.
Por fim, na “Nota 23 – Eventos Subsequentes” (página 106), o mesmo texto citado das demais vezes finaliza as aparições do termo Bitcoin no Documento.
Possivelmente devido a isto o preço do Bitcoin deu um salto de mais de 15% e chegou a US$44.918 dólares na exchange Binance.
Assim o novo topo histórico do Bitcoin foi registrado.
No dia 8 de janeiro o Bitcoin havia registrado o seu topo histórico na casa dos US$41.900 dólares, mas depois disto sofreu correção e voltou à casa dos US$28.800 dólares em 22 de janeiro.
Após a queda o preço veio lateralizando com uma leve alta até voltar aos US$40.000 dólares em 6 de fevereiro.
O ano de 2020 ficou marcado com a entrada do investimento institucional nas criptomoedas, principalmente no Bitcoin.
Há a especulação que este ano de 2021 seja o ano do Ethereum (ETH), onde o institucional possa passar a ver a segunda maior criptomoeda do mundo como uma grande oportunidade de investimento.
Não apenas, com a expansão dos protocolos e aplicativos de finanças descentralizadas (DeFi) o Ethereum ainda é a maior aposta de valorização de preço.
Entretanto, muitas Altcoins tiveram desenvolvimento superior a estas duas criptomoedas, e tiveram forte valorização do final de 2020 até o momento.
Este ano promete muito para o mundo cripto, e além dos investidores de varejo os investidores institucionais estão de olho numa boa parte desta fatia do mercado.