A Bittrex International, a divisão internacional da exchange Bittrex sediada nos EUA, com sede em Malta, supostamente interromperá as operações na Venezuela e em 30 outros países.
A administração da Bittrex enviou um e-mail aos seus clientes venezuelanos, observando que o operador da exchange suspenderia as contas e o acesso à negociação aos residentes do país até 29 de outubro. A exchange solicitou aos traders venezuelanos que retirassem seus fundos da plataforma de negociação antes dessa data.
A plataforma ainda não forneceu nenhuma razão clara para esta decisão.
A decisão afetará outros países
A Venezuela não é o único país que será proibido de usar os serviços de comércio de criptomoedas da Bittrex. A exchange informou que está suspendendo seus serviços em outros 31 países, incluindo Afeganistão, Bósnia, Camboja, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Egito, Etiópia, Herzegovina, Costa do Marfim, Tunísia, Uganda e Iêmen.
Venezuela e as criptomoedas
Os cidadãos da Venezuela tornaram-se cada vez mais dependentes das criptomoedas, já que a moeda nacional do país, o Bolívar, tornou-se praticamente inútil devido a níveis extremos de hiperinflação.
O governo do país também parece estar tentando contornar as sanções econômicas lideradas pelos EUA usando uma controversa criptomoeda baseada em petróleo, Petro (PTR), que foi desenvolvida para ajudar a Venezuela a obter acesso ao financiamento internacional.
No mês passado, os volumes de negociação de Bitcoin na Venezuela atingiram níveis recordes na plataforma p2p, LocalBitcoins. No dia 1º de outubro, duas empresas venezuelanas se uniram para lançar um cartão de débito cripto e um sistema de ponto de venda que suporta Bitcoin (BTC), Ether (ETH), Dash (DASH) e Petro.