- Dívida dos EUA chega perto de US$ 38 trilhões após alta de US$ 1 trilhão em 48 dias.
- Déficit de julho foi de US$ 291 bilhões, o segundo maior da história para o mês.
- Gastos do governo atingem 44% do PIB, nível só visto na Segunda Guerra Mundial.
A dívida dos Estados Unidos disparou US$ 1 trilhão em apenas 48 dias, alcançando quase US$ 38 trilhões. O ritmo de crescimento é alarmante, pois coloca em xeque a sustentabilidade fiscal do país e expõe a fragilidade do sistema financeiro tradicional.
Além disso, a escalada reacende o debate sobre alternativas de proteção, fortalecendo a tese do Bitcoin como ativo de reserva em cenários de desequilíbrio econômico.
Escalada da dívida e pressão sobre as contas públicas
Desde 11 de agosto, o endividamento federal subiu mais US$ 200 bilhões. Com isso, o déficit anual já soma US$ 1,63 trilhão, crescimento de 7,4% em relação a 2024. Somente em julho, o governo registrou um rombo de US$ 291 bilhões, o segundo maior para o mês em toda a série histórica.
Os gastos públicos atingiram 44% do PIB, patamar observado apenas durante a Segunda Guerra Mundial e a crise de 2008. Enquanto isso, a arrecadação cresce a um ritmo de apenas 2,5% ao ano, bem abaixo da velocidade das despesas.
Por isso, analistas do Kobeissi Letter afirmam:
“Não é uma questão de juros, é um problema de gastos. Trata-se de uma crise fiscal estrutural.”
Impactos nos mercados e no Bitcoin
O aumento dos déficits já eleva os juros dos títulos do Tesouro acima de 5%, pressionando ações e reduzindo a liquidez em ativos de risco.
No longo prazo, o enfraquecimento do dólar favorece ativos de oferta limitada. Nesse cenário, o Bitcoin se consolida como “ouro digital” e alternativa ao sistema fiduciário.
Especialistas afirmam que a pressão para inflacionar a moeda será difícil de conter, o que beneficia ativos descentralizados. Além disso, o crescimento de stablecoins e títulos tokenizados pode ampliar a liquidez do mercado cripto.
Cenário fiscal americano e oportunidades para cripto
Diante desse cenário, a trajetória da dívida americana reforça as dúvidas sobre a capacidade dos EUA de manter suas contas equilibradas. Ao mesmo tempo, fortalece a tese de que o Bitcoin e outros ativos digitais funcionam como proteção diante da fragilidade estrutural do sistema financeiro tradicional.
Portanto, quanto maior a pressão sobre as contas públicas, mais evidente se torna o argumento de que criptoativos podem servir como refúgio seguro para investidores de longo prazo.