- BitGo quadruplica receita e prepara IPO histórico em Nova York.
- Crescimento impressiona, mas lucros caem com custos operacionais altos.
- IPO pode consolidar criptomoedas no mainstream financeiro global.
A BitGo, gigante americana de custódia de criptomoedas, deu um passo decisivo para ampliar sua presença global. A empresa revelou um crescimento impressionante de receita e confirmou que já protocolou seu pedido de IPO nos Estados Unidos. O movimento reforça a força crescente do setor de ativos digitais no mercado financeiro tradicional.
De acordo com o documento registrado na SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a BitGo atingiu US$ 4,19 bilhões em receita no primeiro semestre de 2025, quase quatro vezes os US$ 1,12 bilhão vistos no mesmo período de 2024.
No entanto, os lucros não acompanharam o ritmo. O resultado líquido caiu para US$ 12,6 milhões, abaixo dos US$ 30,9 milhões de 2024. Analistas apontam que os custos subiram fortemente para atender à crescente demanda de clientes institucionais.
IPO da BitGo atrai atenção de Wall Street
Fundada em 2013, a BitGo se consolidou como uma das maiores provedoras de serviços de custódia de criptomoedas nos EUA. Seu modelo de negócios foca em armazenar e proteger ativos digitais para instituições, um papel cada vez mais valorizado no mercado.
A última avaliação conhecida da empresa ocorreu em 2023, quando atingiu US$ 1,75 bilhão em uma rodada de financiamento. Agora, a companhia pretende listar suas ações na Bolsa de Valores de Nova York, sob o código “BTGO“. Entre os principais bancos que coordenam a operação estão o Goldman Sachs e o Citigroup, evidenciando o interesse de Wall Street no setor de infraestrutura cripto.
O mercado americano vive uma retomada no segmento de IPOs. Segundo especialistas, o segundo semestre de 2025 deve se tornar um dos períodos mais movimentados desde 2021, com destaque para companhias de blockchain e ativos digitais.
Regulação favorável impulsiona o setor
Além da BitGo, outras empresas ligadas ao setor também abriram capital este ano, como Circle, Bullish e Figure, todas recebidas com otimismo pelos investidores. Porém, esse movimento foi favorecido por avanços regulatórios em Washington, que reduziram incertezas sobre o tratamento jurídico e fiscal dos ativos digitais.
Outro fator de destaque é a popularização dos ETFs de criptomoedas, que atraíram bilhões em aportes e consolidaram as moedas digitais como parte dos portfólios institucionais. Além disso, esse cenário fortalece empresas como a BitGo, cuja principal função é garantir segurança e confiabilidade para grandes investidores.
A expectativa agora recai sobre o desempenho da oferta. Se o IPO da BitGo for bem-sucedido, especialistas acreditam que outras companhias de infraestrutura cripto seguirão o mesmo caminho, consolidando de vez os ativos digitais no mainstream financeiro.
Ainda mais, para o mercado, o movimento representa um divisor de águas. O desempenho da BitGo mostrará até que ponto Wall Street está disposta a abraçar as criptomoedas como parte integral da economia global.