- O X alega ter descoberto uma “rede de suborno” de usuários anteriormente envolvidos em golpes relacionados a criptomoedas
- Embora algumas abordagens tenham sido disfarçadas por intermediários, a intenção era sempre a mesma: restaurar o acesso a contas já banidas
- Segundo documentos públicos, atores ligados ao coletivo conhecido como “The Com” ou “The Community” estão entre os suspeitos
A segurança nas redes sociais está novamente em debate. Recentemente, golpistas ligados ao setor de criptoativos tentaram subornar funcionários da X, antiga Twitter. O objetivo era reativar contas previamente suspensas por atividades fraudulentas. Essa ação, além de expor falhas operacionais, mostra como criminosos continuam tentando explorar brechas para retomar sua influência.
Tentativas incluíram abordagens via Telegram com ofertas em cripto e dinheiro fiat
Conforme revelado por fontes internas, os criminosos ofereceram pagamentos tanto em criptomoedas quanto em dinheiro tradicional. Eles fizeram contato direto com funcionários por canais como Telegram e e-mail. Embora algumas abordagens tenham sido disfarçadas por intermediários, a intenção era sempre a mesma: restaurar o acesso a contas já banidas.
X has exposed and is taking strong action against a bribery network targeting our platform. Suspended accounts involved in crypto scams and platform manipulation paid middlemen to attempt to bribe employees to reinstate their suspended accounts. These perpetrators exploit social…
— Global Government Affairs (@GlobalAffairs) September 19, 2025
Essas contas, em sua maioria, promoviam golpes envolvendo tokens falsos e esquemas de pump and dump. Além disso, usavam links maliciosos para roubar carteiras digitais. Com as contas suspensas, os operadores viram a necessidade de agir rapidamente. Portanto, recorreram ao suborno como uma alternativa direta para burlar os filtros da plataforma.
Além disso, o esquema não se restringiu à X. Plataformas como Instagram, YouTube, TikTok, Minecraft e Roblox foram usadas para divulgação de ofertas fraudulentas e para alcançar vítimas potenciais.
O grupo criminoso identificado trabalha com redes diversas, o que sugere coordenação e recursos elevados. Segundo documentos públicos, atores ligados ao coletivo conhecido como “The Com” ou “The Community” estão entre os suspeitos.
Redução da moderação e instabilidade operacional elevam os riscos de corrupção interna
Desde que Elon Musk assumiu o controle da X, a plataforma passou por cortes severos. Entre as áreas afetadas estão moderação de conteúdo e segurança interna. Como resultado, menos recursos foram dedicados à revisão manual de denúncias e verificação de perfis.
Além disso, a rotatividade de colaboradores e a falta de treinamento aumentam os riscos de corrupção interna. Portanto, especialistas recomendam o fortalecimento de processos internos e criação de canais anônimos de denúncia. Desse modo, a empresa poderá reduzir a vulnerabilidade a abordagens indevidas.
Enquanto isso, a comunidade cripto permanece atenta. Afinal, plataformas sociais continuam sendo canais de alto impacto para fraudes digitais. Assim, medidas preventivas se tornam essenciais para garantir a confiança no ecossistema.