- Bitcoin reage tarde à liquidez, podendo liderar o ciclo cripto.
- Fed deve cortar 150bps até o fim de 2026, elevando a liquidez e ativos de risco.
- Fluxos institucionais e capital disciplinado tornam o ciclo mais seletivo que 2021.
O ano de 2026 surge como decisivo para o mercado cripto. Maior liquidez global, políticas mais acomodatícias do Federal Reserve e adoção institucional crescente podem transformar o Bitcoin de ativo volátil em protagonista de um ciclo mais sólido.
Diferente da euforia de 2021, os ganhos serão graduais. Alocação estratégica de capital, fluxos institucionais consistentes e integração ao sistema financeiro global devem preparar o terreno para que o Bitcoin lidere o próximo ciclo de risco com relevância sistêmica.
Fed, Liquidez e o Novo Cenário de Risco
No momento, os mercados esperam cortes de 150bps até o fim de 2026, aumentando a liquidez global. Se confirmados, esses cortes devem estimular ativos de risco e gerar fluxo gradual para criptomoedas, criando condições favoráveis para que o Bitcoin consolide sua posição.
O cenário também é marcado por maior disciplina de capital e pela ausência de novo choque de liquidez tipo COVID. Além disso, a base de mercado é dez vezes maior, oferecendo liquidez profunda, mas limitando ganhos extremos.
A rotação de capital segue fluxo estruturado: primeiro títulos de curto prazo e fundos monetários, depois ações, ouro e, por fim, cripto. Historicamente, isso faz com que o Bitcoin reaja mais tarde que outros ativos, reforçando seu papel de protagonista no final do ciclo.
BTC e o Fluxo de Liquidez
Segundo arndxt, entre os catalisadores para o Bitcoin estão expansão de crédito bancário (ISM acima de 50), saídas de fundos monetários após cortes de juros, emissão de títulos do Tesouro de longo prazo e um dólar mais fraco, que alivia pressões globais de financiamento.
Quando esses fatores se alinham, o Bitcoin tende a se valorizar no final do ciclo, após ações e metais preciosos, consolidando seu protagonismo.
Riscos e Perspectivas do Próximo Ciclo
Apesar do cenário positivo, riscos como aumento dos rendimentos de longo prazo, força do dólar e crédito bancário fraco podem limitar ganhos. Analistas divergem: Borovik vê um superciclo histórico, enquanto Chris Taylor alerta para bear market inicial, evidenciando incertezas persistentes.
O ciclo de 2026 dependerá menos de choques especulativos e mais da integração estruturada do Bitcoin aos mercados globais. Com fluxos institucionais consistentes e políticas monetárias favoráveis, o setor pode consolidar relevância sistêmica, substituindo o modelo boom-bust por crescimento sólido e sustentável.
Dessa forma, disciplina e alocação estratégica substituirão a liquidez desenfreada de 2021, preparando o Bitcoin para assumir seu protagonismo global.