- Atualização do Bitcoin Core v30 será lançada em outubro de 2025, mas divide a comunidade.
- Luke Dashjr afirma que a versão pode facilitar a propagação de materiais ilegais.
- Jimmy Song defende que o upgrade não ameaça o Bitcoin nem expõe usuários a riscos jurídicos.
O lançamento do Bitcoin Core v30, previsto para outubro de 2025, acendeu um intenso debate na comunidade.
A atualização promete avanços técnicos, mas também levanta questões legais e éticas sobre conteúdos ilícitos na blockchain.
Bitcoin Core v30: avanços técnicos ou dilemas legais?
O lançamento do Bitcoin Core v30, previsto para outubro de 2025, reacendeu tensões na comunidade. Enquanto alguns veem avanços técnicos, outros alertam para riscos legais graves ligados a conteúdos ilícitos na blockchain.
Dashjr x Song: visões opostas
Luke Dashjr, desenvolvedor reconhecido pelo Bitcoin Knots, afirmou que rodar o Core v30 significa “endossar a distribuição de materiais de abuso sexual infantil (CSAM)”.
Segundo ele, a nova versão permite que qualquer pessoa com um navegador ou visualizador de imagens recupere conteúdos ilícitos registrados na blockchain. Por isso, Dashjr alerta que essa situação poderia “matar o Bitcoin quase imediatamente se houver grande adoção”.
Do outro lado, Jimmy Song rebateu as críticas. O desenvolvedor defendeu que a atualização não exibe imagens nem vídeos. Além disso, destacou que os operadores de nós não podem ser responsabilizados por conteúdos externos.
“Verificar não é o mesmo que apoiar ou facilitar”, afirmou Song em defesa da atualização.
Reações e riscos para o futuro
Esse embate revelou um dilema antigo: a blockchain do Bitcoin consegue armazenar dados além das transações financeiras. Esse fato gera temores de uso indevido e, ao mesmo tempo, levanta acusações de FUD (medo, incerteza e dúvida) contra críticos do Core v30.
Parte da comunidade considera essas preocupações exageradas e usadas como barreira ao progresso. Entretanto, outra parte pede cautela, lembrando que a imutabilidade da blockchain mantém qualquer conteúdo registrado de forma permanente.
Portanto, o debate em torno do Core v30 não se limita à parte técnica. Ele envolve também questões legais, éticas e existenciais para o futuro da rede. Desse modo, a forma como a comunidade reagir a essa divisão pode definir o rumo do Bitcoin nos próximos anos.