- Solana perde força e pode cair abaixo de US$ 200
- Queda no TVL DeFi aumenta risco de liquidação em SOL.
- Taxas negativas de financiamento reforçam pressão de baixa.
A Solana (SOL) entrou em território de cautela no mercado de criptomoedas. Na terça-feira, o ativo era negociado a US$ 206, em queda, após uma sequência de ganhos no fim de semana. A correção, embora vista por alguns como saudável, começa a revelar sinais de maior fragilidade. Para o analista Mike Ermolaev, a combinação de fatores técnicos e fundamentais pode abrir caminho para uma liquidação abaixo de US$ 200.
Um dos principais pontos de alerta é a zona estreita entre US$ 200 e US$ 205, que concentra forte suporte. Porém, um mercado de derivativos enfraquecido e o recuo expressivo no Valor Total Bloqueado (TVL) da rede tornam o cenário instável. Se o preço perder esse patamar crítico, o movimento de baixa pode acelerar.
No dia 14 de setembro, o ecossistema DeFi da Solana atingiu seu maior nível histórico, com US$ 13,22 bilhões alocados em contratos inteligentes. Contudo, a volatilidade do mercado e a queda no preço de máximas próximas a US$ 250 provocaram um declínio acentuado. Na sexta-feira, o TVL recuou para US$ 10,78 bilhões e, nesta semana, registrava média de US$ 11,23 bilhões, com viés de queda.
Essa retração preocupa porque, tradicionalmente, quando o preço da SOL se aproxima de níveis críticos, investidores retiram fundos de protocolos de staking e os transferem para exchanges. O movimento aumenta a pressão vendedora e eleva o risco de uma liquidação em massa, principalmente se o suporte dos US$ 200 for rompido.
O mercado de derivativos da criptomoeda reforça a leitura pessimista. A Taxa de Financiamento Ponderada pelo OI entrou em campo negativo, mostrando que traders evitam posições compradas e ampliam apostas em queda. Segundo Ermolaev, taxas de financiamento negativas representam aversão ao risco e podem atrair ainda mais vendedores no curto prazo.
Queda da Solana se aproxima
Se a tendência não se inverter, dificilmente a Solana encontrará suporte suficiente para retomar uma trajetória acima de US$ 220, patamar necessário para recuperar força.
Nos gráficos, a Solana já rompeu abaixo da Média Móvel Exponencial (MME) de 50 dias, situada em US$ 208, após rejeição perto de US$ 215. O Índice de Força Relativa (RSI) caiu para 44, indicando que o momentum de baixa ganhou terreno.
Além disso, o MACD mantém sinal de venda desde 21 de setembro, enquanto o histograma reforça a pressão negativa. Caso o preço caia abaixo de US$ 200, os próximos suportes estarão na MME de 100 dias em US$ 194 e na MME de 200 dias em US$ 182.
Apesar do quadro desfavorável, analistas não descartam uma recuperação técnica. Se a SOL conseguir fechar acima da MME de 50 dias, o ativo pode buscar US$ 220 e, em seguida, retomar o caminho para US$ 250.