- Mineradoras disparam com recorde histórico do Bitcoin
- Tesourarias ampliam exposição ao ouro digital
- Investidores migram de títulos para criptoativos em alta
O Bitcoin voltou a chamar atenção do mercado financeiro ao atingir uma nova máxima histórica de mais de US$ 126 mil. O movimento não apenas reforçou o apetite por criptomoedas, mas também elevou as ações de mineradoras e empresas com tesourarias expostas ao ativo, que encerraram o dia em forte alta.
A Argo Blockchain foi o maior destaque global, com uma disparada de 96% na Bolsa de Londres, fechando a 5,3 pence (US$ 0,07). Nos Estados Unidos, empresas como HIVE Digital Technologies e Bitfarms também registraram ganhos expressivos, acima de 20% durante o pregão.
Mineradoras disparam com o novo recorde do Bitcoin
A alta da principal criptomoeda impulsionou diretamente as mineradoras listadas em Nova York. A HIVE Digital Technologies (HIVE) saltou mais de 25%, e o ímpeto continuou após o fechamento, com mais 11% adicionais, atingindo US$ 6,18. Rivais como Bitfarms (BITF) e IREN (IREN) também avançaram cerca de 15%, enquanto a Riot Platforms (RIOT) ganhou 10,9% e a MARA Holdings (MARA) subiu 9,3%.

Esse movimento reflete a retomada do interesse institucional pelo Bitcoin, que vem sendo visto cada vez mais como uma reserva de valor digital e alternativa ao ouro e aos títulos públicos. Com o dólar americano enfraquecendo e as tarifas comerciais do governo Trump pressionando o mercado, investidores migraram para ativos não americanos, fortalecendo o rally.
O Ether (ETH) também acompanhou a tendência, com alta de 3%, cotado a US$ 4.683, apenas 5,3% abaixo de sua máxima histórica. O avanço reforça a percepção de que o ciclo cripto atual está sendo sustentado por fundamentos e liquidez global, não apenas por especulação.

Tesourarias e fundos ampliam exposição ao ouro digital
Enquanto mineradoras comemoram, empresas com Bitcoin em caixa também surfam a maré positiva. A DDC Enterprise, sediada em Hong Kong, liderou o segmento com alta de 22%. Já a Strategy (MSTR), de Michael Saylor, subiu 2,3%, mantendo sua posição como uma das maiores detentoras corporativas de BTC.
Por outro lado, algumas companhias tiveram desempenho misto. GD Culture Group (GDC) e Strive (ASST) caíram 4,2% e 2,7%, respectivamente, enquanto a Kindly MD despencou 8,8%, fechando a US$ 1,03.

Entre as empresas de tesouraria de altcoins, os ganhos foram ainda maiores. A CEA Industries (BNC), focada em BNB, saltou 15,6%, e a Forward Industries (FORD), compradora de Solana (SOL), valorizou 12,8%, fechando a US$ 25,43.
O cenário mostra que a “corrida pelo ouro digital” está de volta, com investidores equilibrando apostas entre mineração, tesourarias e ativos alternativos, em um ambiente de alta liquidez e busca por proteção contra a inflação.