- BlackRock leva ETF de Bitcoin à Austrália com forte demanda
- Expansão reflete maturidade e confiança institucional no Bitcoin
- Novo ETF pode impulsionar adoção cripto na Ásia-Pacífico
A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, fortalece sua atuação no mercado de criptomoedas com o lançamento do ETF de Bitcoin iShares (IBIT) na Bolsa de Valores da Austrália (ASX). A decisão reforça a expansão global da companhia e evidencia a crescente aceitação dos ativos digitais entre investidores institucionais.
Esse movimento representa um avanço estratégico na integração entre finanças tradicionais e o ecossistema cripto, oferecendo uma alternativa segura, regulamentada e transparente para exposição ao Bitcoin. Com isso, a BlackRock consolida sua liderança e contribui para o amadurecimento do mercado global de criptomoedas.
BlackRock reforça confiança institucional no Bitcoin
O ETF iShares Bitcoin deve estrear em meados de novembro e cobrará uma taxa de administração de 0,39%, seguindo o mesmo modelo do fundo americano, que se tornou um dos mais bem-sucedidos do mundo. Nos Estados Unidos, o IBIT já acumula mais de US$ 98 bilhões em ativos sob gestão, gerando US$ 240 milhões anuais em taxas, números que consolidam o interesse institucional pelo Bitcoin como ativo legítimo.
Segundo Tamara Stats, líder de negócios institucionais da BlackRock Australasia, a listagem reflete uma mudança cultural no mercado financeiro.
“As instituições passaram a ver o Bitcoin como um componente estratégico de portfólios diversificados”, afirmou.
Ela destacou que o novo ETF oferece uma alternativa transparente e familiar para investidores que buscam exposição à criptomoeda sem lidar diretamente com carteiras digitais.
Estratégia global e expansão de produtos
Enquanto o foco recai sobre o Bitcoin, a BlackRock também amplia seu portfólio de ETFs de renda fixa na Austrália. O iShares Core Global Aggregate Bond (AGGG) terá taxa de 0,18% e seguirá o índice Bloomberg Global Aggregate Bond, com hedge cambial em dólar australiano.
De acordo com Steve Ead, chefe de Soluções Globais da BlackRock Australasia, o objetivo é oferecer ferramentas que permitam “diversificação real em mercados em transformação”. Ele acrescentou que a empresa busca democratizar o acesso a títulos globais e criptomoedas, reforçando o compromisso com inovação financeira e inclusão.
O lançamento do ETF de Bitcoin ocorre em meio a um aumento expressivo da participação institucional em ativos digitais. Apenas no último ano, universidades, fundos soberanos e gestoras de pensão começaram a destinar parte de seus recursos ao Bitcoin. A Universidade de Harvard, por exemplo, alocou US$ 100 milhões em um ETF de Bitcoin nos EUA.
Analistas do Deutsche Bank acreditam que, até o fim da década, o Bitcoin poderá figurar até em balanços de bancos centrais, impulsionado pela estrutura segura e transparente dos ETFs.
Atualmente, o IBIT tem valor patrimonial líquido (VPL) de US$ 60,56, com ganho acumulado de 16,74% no ano, mesmo em um ambiente de volatilidade. Além disso, a expansão para a ASX reforça a posição da BlackRock como líder na integração entre finanças tradicionais e ativos digitais.
No fim, o lançamento do ETF na Austrália mostra que o Bitcoin deixou de ser um experimento marginal e passou a ser um pilar central da estratégia global de investimentos institucionais.


