- Monero salta para US$ 377,63 enquanto o mercado cripto perde US$ 2 bilhões em liquidações.
- Movimento indica rotação de capital entre moedas de privacidade, como Zcash e Dash.
- Especialistas apontam novas regras globais de 2026 como motor da busca por anonimato financeiro.
Em meio a um mercado em forte correção, o Monero (XMR) desafiou a tendência e disparou 4,4% nas últimas 24 horas.
O movimento reforça a corrida por privacidade antes da chegada das novas regras globais de 2026.
Privacidade em alta impulsiona Monero em meio à turbulência
O Monero (XMR) contrariou o clima negativo do mercado e subiu 4,4% nas últimas 24 horas, alcançando US$ 377,63 nesta quarta-feira (5). O movimento ocorre em meio a uma liquidação de US$ 2 bilhões no setor cripto. Além disso, no acumulado do mês, a moeda já soma alta de 13,4%, segundo dados do CoinGecko.

Enquanto Zcash, Dash e Decred registram quedas entre 6% e 20%, o capital parece migrar para o Monero — o mais consolidado entre os projetos de privacidade. Dessa forma, a rotação de capital indica que os investidores buscam ativos mais seguros e menos correlacionados ao restante do mercado.
Regulamentações impulsionam corrida por anonimato
Especialistas afirmam que o endurecimento das regras globais é o principal fator por trás da valorização das moedas de privacidade. A partir de 2026, corretoras deverão reportar informações de carteiras a autoridades fiscais em diversos países. Por isso, cresce a busca por criptos capazes de preservar o anonimato financeiro.
“Com o aumento da vigilância e a redução da privacidade nas principais blockchains, os usuários estão migrando para alternativas mais anônimas”, explicou Slava Demchuk, CEO da AMLBot.
Além disso, Georgii Verbitskii, fundador da TYMIO, reforçou que a privacidade tornou-se uma das narrativas mais fortes do setor cripto, principalmente diante das novas exigências regulatórias.
Segundo ele, o cenário atual está acelerando o interesse por moedas descentralizadas e resistentes à vigilância estatal.
Refúgio em tempos de incerteza
De acordo com Peter Chung, chefe de pesquisa da Presto Research, a concentração de força em nichos específicos reflete o atual ciclo de mercado.
“Mesmo durante quedas, o capital busca setores com fundamentos sólidos e valor diferenciado”, afirmou o analista.
Além disso, o comportamento dos investidores mostra uma clara busca por refúgio dentro do universo digital. Portanto, o Monero vem se destacando como uma das poucas alternativas percebidas como não correlacionadas e resistentes à pressão regulatória.
Esse movimento reforça o papel do ativo como porto seguro em tempos de incerteza, atraindo investidores que valorizam autonomia e privacidade em suas transações.
Privacidade segue como pilar de resistência
O desempenho recente do Monero mostra que, mesmo em períodos de correção, a demanda por privacidade permanece forte. À medida que 2026 se aproxima, e com ela o avanço das novas regulamentações, a narrativa da autonomia financeira tende a ganhar ainda mais relevância.
Por fim, o Monero se consolida como símbolo da resistência à vigilância global, reforçando seu papel como ativo de valor e liberdade dentro do ecossistema cripto.

