- Chainlink perde força e pode cair mais 16%.
- ETFs têm entradas tímidas e não sustentam recuperação.
- Derivativos recuam e expõem mercado a maior pressão.
O mercado acompanha com atenção o movimento da Chainlink (LINK) nesta semana. A criptomoeda segue pressionada e opera em torno de US$ 13,84, mostrando fraqueza crescente. O preço caiu pelo segundo dia consecutivo, enquanto traders observam níveis técnicos importantes. Caso os compradores não retomem o controle rapidamente, analistas já falam em uma queda de 16%, que levaria o LINK para a região de US$ 12,76.
Mesmo com a estreia do ETF Chainlink nos Estados Unidos, o ativo não mostra reação consistente. O produto, administrado pela Grayscale, registrou entradas de US$ 37 milhões no primeiro dia e apenas US$ 3,84 milhões no segundo. Embora o movimento pareça positivo, o impacto no preço não foi suficiente para conter a pressão vendedora. Além disso, o ETF acumulou US$ 45 milhões em entradas até agora, com patrimônio líquido de US$ 72 milhões, números relevantes mas ainda modestos para mudar o humor do mercado.
Por outro lado, o interesse nos derivativos da Chainlink segue em queda. O Open Interest caiu para US$ 598 milhões, contra US$ 658 milhões no dia anterior. A retração confirma a menor participação do varejo após a forte liquidação de 10 de outubro, quando mais de US$ 19 bilhões foram encerrados em um único dia. Desde então, o apetite por risco permanece contido e limita qualquer tentativa de recuperação rápida no preço da Chainlink.
Essa fraqueza fica ainda mais clara quando se observa o histórico do OI. Em agosto, o interesse chegou perto de US$ 2 bilhões, mas agora opera em menos de um terço desse valor. Esse dado, combinado com a queda nos preços, reforça o cenário de perda de força no curto prazo. Embora os ETFs tenham avançado, o mercado de derivativos ainda define grande parte da volatilidade, e a falta de demanda adiciona risco.
Chainlink
Na análise técnica, o LINK opera abaixo das três principais médias móveis. A EMA de 50 dias está em US$ 15,23, a EMA de 100 dias em US$ 16,85 e a EMA de 200 dias em US$ 17,45. Todas permanecem acima do preço atual, reforçando uma tendência de baixa clara.
O gráfico também mostra que a linha MACD segue acima da linha de sinal, mas as barras do histograma diminuem. Esse comportamento indica que o ímpeto positivo está enfraquecendo gradualmente.
O RSI marca 49, perto da neutralidade, mas distante das máximas recentes. A linha de tendência descendente, iniciada em US$ 27,87, continua limitando o potencial de alta e mantém resistência em US$ 18,35. O SAR parabólico, por sua vez, virou para baixo e mostra estabilização apenas temporária. Já o suporte imediato aparece próximo de US$ 14,30, alinhado à linha de tendência ascendente formada desde US$ 10,93.
Apesar disso, uma recuperação ainda é possível. Um fechamento diário acima da EMA de 50 dias poderia abrir caminho para a EMA de 100 dias. Entretanto, qualquer falha nesse movimento deixaria a Chainlink vulnerável a novas quedas, especialmente se o ETF perder força ou se o mercado de derivativos continuar retraído. No cenário atual, analistas veem risco concreto de que os ETFs ajudem o LINK a derreter até 16% nas próximas sessões.


