O Unicredit, o maior banco da Itália, divulgou nesta terça-feira (03), seu plano de negócios para 2023. Segundo Jean Pierre Mustier, CEO do banco, a demissão de 8 mil funcionários e o fechamento de 500 agências ajudará a empresa a cortar 1,11 bilhão de dólares de suas despesas brutas. Os cortes planejados equivalem a mais de 9% da força de trabalho da empresa.
Nos planos do Unicredit também está um orçamento de 9,4 bilhões de euros, que devem ser gastos nos próximos quatro anos em tecnologia da informação e recursos humanos, visando atualizar e melhorar sua área de tecnologia e conformidade.
O banco atualmente possui 12 mil agências em mais de 50 países, e atende aproximadamente 26 milhões de pessoas.
Apesar dos cortes anunciados, dois sindicatos italianos acreditam que os números reais de cortes sejam em torno de 5,5 mil empregos, e 450 agências, ao invés dos 8 mil funcionários e 500 agências anunciados originalmente.
O anúncio do Unicredit ajuda a elevar o número de total de demissões anunciadas por bancos, chegando um total de 75,7 mil demissões anunciadas. Dos bancos que anunciaram corte de funcionários, mais de 80% estão na Europa, onde as taxas de juros negativas e a desaceleração da economia levaram estas instituições a reduzirem seus custos fixos.
No total, apenas os bancos europeus anunciaram mais de 63 mil cortes de funcionários, número este 10 vezes maior que o número total de cortes anunciados por bancos norte-americanos.
O Deustch Bank lidera a lista dos banco que mais diminuirão seus funcionários, cerca de 18 mil empregados serão mandados embora até 2022.
Outros bancos com anúncio de grande número de demissões incluem Banco Santander, com 5400 demissões programadas, Commerzbank com 4300, Barclays e Alfa Bank com 3000, e HSBC com 4000 demissões anunciadas podendo ainda chegar a 10 mil.