- Compressão pode antecipar forte recuperação das altcoins em 2026
- Dominância do Bitcoin limita liquidez e pesa nas altcoins
- Vendas fiscais e baixa demanda travam o mercado atualmente
O mercado de altcoins enfrenta uma das fases mais difíceis dos últimos anos, enquanto o Ethereum puxa o setor para baixo e reforça a cautela entre investidores. Mesmo com alguns sinais de estabilidade no Bitcoin, o restante do mercado continua pressionado por fatores que se acumulam há meses e criam um ambiente desafiador para qualquer recuperação rápida.
A leitura mais recente do especialista CyrilXBT reforça essa percepção, porque ele identifica forças profundas que atuam simultaneamente e comprimem o risco no setor. Segundo ele, essa compressão ocorre antes de expansões importantes em ciclos prévios, o que abre espaço para novos debates sobre 2026.

Dominância do Bitcoin pressiona altcoins
O especialista afirma que a dominância do Bitcoin continua a ditar o ritmo do mercado, já que o capital migra para o ativo líder sempre que o cenário parece arriscado. Esse movimento mantém o dinheiro dentro do mercado, porém retira liquidez das altcoins, que funcionam como fonte imediata para reposicionamentos estratégicos.
Assim, o Bitcoin assume a função de abrigo, enquanto altcoins perdem suporte. Esse padrão aparece repetidamente em ciclos anteriores e, segundo analistas, indica que o setor ainda atravessa uma fase preparatória antes de qualquer retomada mais expressiva.
Outro fator crítico envolve a compensação de perdas fiscais, que ganhou força neste final de ano. Como várias altcoins acumulam quedas desde janeiro, fundos e investidores realizam vendas para consolidar prejuízos e equilibrar balanços. Esse fluxo cria pressão adicional nos preços e reduz a demanda no curto prazo.
Liquidez travada mantém mercado estagnado
A liquidez global também não acompanha o ritmo esperado. Embora o Federal Reserve tenha iniciado um processo de flexibilização, os efeitos não chegam imediatamente ao mercado de criptomoedas. O especialista lembra que o impacto costuma aparecer primeiro no Bitcoin, com as altcoins reagindo somente depois.
Esse atraso, combinado à volatilidade baixa, gera um mercado quase imobilizado. Muitos analistas veem semelhanças com os períodos de transição de 2019 e 2023, quando longas fases de compressão antecederam fortes recuperações.
No quadro atual, a soma de fatores cria um cenário complexo: dominância crescente do Bitcoin, vendas fiscais agressivas, liquidez fraca, demanda exaurida e impactos lentos da política monetária. Ainda assim, CyrilXBT afirma que o setor pode estar diante de uma fase de compressão, não de capitulação.
Essa diferença importa porque, historicamente, compressões antecedem movimentos explosivos. Por isso, o especialista reforça que 2026 pode marcar a virada das altcoins, caso a liquidez se normalize e o mercado retome padrões vistos em ciclos anteriores, quando a paciência foi decisiva para capturar a recuperação.

