O inquérito policial conduzido pela Polícia Civil do Paraná sobre o suposto ataque hacker às empresas do Grupo Bitcoin Banco (GBB) chegou ao fim no último dia 08. Segundo o delegado, José Barreto de Macedo Junior, tudo não passou de uma estratégia de Claúdio Oliveira para não pagar milhares de clientes por todo o país.
Conforme aponta o Relatório Final, as graves acusações feitas pelo presidente do grupo sem apresentar qualquer prova “não foram satisfatoriamente congruentes”. “De fato, por vezes até contraditórias”, completa o documento. Desta forma, “não é possível dizer que houve ataque hacker no Bitcoin Banco”, conclui o inquérito da Polícia Civil.
Além disso, a empresa não conseguiu confirmar como um rombo de R$ 60 milhões conseguiu afetar a saúde financeira do grupo. Segundo Oliveira, o GBB havia lucrado R$ 181 milhões através de duas empresas, NegocieCoins e Tem BTC.
Para Macedo Junior, o valor supostamente subtraído da empresa “não teria o condão de infirmar a saúde financeira do grupo, impedindo o pagamento dos clientes por tão largo período”. Assim, o delegado concluiu que todo alarde não passou de “uma desculpa justificada para o não pagamento de milhares de clientes por todo o país”.
Outro ponto abordado pelo Relatório Final do delegado tange a suspensão dos pagamentos a seus credores devido ao fechamento das contas bancárias das empresas. Segundo os investigadores, “esse detalhe, por si só, caracteriza de forma hialina a má-fé dos administrador do grupo”. “Deveriam ter permitido saque para outras carteiras, afinal, como restou veemente afirmado pelas declarações de seu proprietário, a liquidez era absoluta”, completa o delegado.
Ainda segundo o Macedo Junior, “o Grupo Bitcoin Banco não goza de reputação ilibada. É parte ré em centenas de ações cíveis e possui uma investigação criminal em desfavor de seus Representantes Legais, tramitando nesta mesma unidade”.