Segundo uma reportagem do New York Times, publicada na última quinta-feira (28), o Facebook tem conversado com exchanges para listar a sua própria criptomoeda nas corretoras. Outros aplicativos de mensagens, como Signal e Telegram, também estão planejando lançar suas próprias tokes nos próximos meses.
A reportagem citou que “quatro pessoas informadas sobre as negociações”, disseram que o plano do Facebook é de lançar a criptomoeda ainda no primeiro semestre de 2019.
O projeto do Facebook, que anteriormente havia sido relatado pela Bloomberg como um stablecoin para seu serviço de mensagens WhatsApp, seria o mais alto perfil do grupo. A gigante das mídias sociais tem 2,5 bilhões de usuários globais.
O Facebook também reforçou sua equipe de blockchain nos últimos meses, dando indícios do que estava por vir. De acordo com o relatório do Times, mais de 50 engenheiros do Facebook estão dedicados ao projeto blockchain da empresa.
Aumentando o alcance do projeto, a reportagem informa que o Facebook planeja integrar usuários em seus serviços de mensagens Messenger, WhatsApp e Instagram.
O problema com a centralização
Redes de blockchain como Bitcoin e Ethereum não têm nenhuma autoridade central, o que significa que os usuários suportam 100% do ônus de proteger suas moedas contra perda e roubo.
Não há nenhuma empresa Bitcoin com capacidade de reverter transações fraudulentas, restaurar moedas perdidas ou desligar prestadores de serviços fraudulentos. Isso significa que a participação no ecossistema Bitcoin requer um nível mais alto de sofisticação do que o usuário médio do Facebook ou do WhatsApp.
Será difícil para o Facebook negar a responsabilidade pelos usos da criptomoeda. É provável que os reguladores do governo exijam O Facebook, forneça registros para a aplicação da lei, reverta transações fraudulentas e cumpra outras regulamentações bancárias ao redor mundo, assim como os provedores de redes de pagamento convencionais devem fazer.
Para cumprir muitas dessas regulamentações, o Facebook precisaria supervisionar ativamente as atividades de desenvolvedores terceirizados e exigir que cumprissem muitas dessas mesmas regulamentações, tornando assim a rede centralizada.