A Fidelity Investments, empresa que custodia mais de US$ 8,6 trilhões, recentemente pediu autorização à SEC para lançar um fundo de Bitcoin. Ao mesmo tempo, a empresa publicou um relatório com previsões incríveis sobre o valor da principal criptomoeda.
Conforme apuração da Forbes, o presidente da empresa de investimentos, Peter Jubber, enviou um documento à SEC pedindo a autorização para seu novo fundo. Embora o documento apresente poucas informações, o novo fundo desenvolvido pela Fidelity tem como objetivo atrair investidores institucionais, já que o investimento mínimo é de US$ 100 mil.
“Este é o mais recente desenvolvimento da Fidelity, mostrando a seriedade com que está aceitando o bitcoin como ativo de investimento.”
De fato, a Fidelity vem direcionando atenções ao Bitcoin, principalmente nos últimos meses. Em um documento de julho, a empresa analisou o “Modelo de Taxa de escassez” (Stock-to-Flow, ou S2F), prevendo o preço do Bitcoin a US$ 1 milhão em 2029. Segundo a empresa, commodities que possuem baixa taxa de produção ou com fornecimento limitado têm servido como reserva de valor ao longo dos anos.
Assim, “Saifedean Ammous adaptou o estoque ao fluxo para comparar o bitcoin a commodities usadas para investimento e consumo e o uso da métrica desde então se expandiu e até deu origem a modelos baseados na proporção. Ouro, a reserva de valor mais resiliente através dos tempos, tem a maior proporção de estoque para fluxo, seguido por Bitcoin (hoje) e prata. Após a recente redução pela metade (maio de 2020), a diferença entre a proporção do ouro e do Bitcoin diminuiu. O estoque em fluxo do Bitcoin eclipsará o do ouro após a próxima redução (2024)”.
Apesar das previsões deveras otimistas, uma outra análise, desta vez feita pela Grayscale, indica que o S2F não garante o aumento do preço de um determinado ativo. “Embora seja verdade que o preço seguiu este modelo de estoque para fluxo com alta correlação, a relação pode ser espúria e não leva em consideração a demanda necessária para a valorização do preço.”