A exchange norte americana Gemini realizou uma pesquisa a respeito da adoção cripto no mundo.
De acordo com a exchange, “à medida que o mundo caminha em direção à ampla adoção da criptomoeda, a Gemini está apresentando um relatório inédito explorando as atitudes, os fatores e a adoção da criptomoeda globalmente.”
GlobalStateofCrypto
A pesquisa para o relatório GlobalStateofCrypto foi realizada online entre os dias 23 de novembro de 2021 e 4 de fevereiro de 2022.
Cerca de 30.000 pessoas com idade entre 18 e 75 anos, provenientes de 20 países participaram da pesquisa.
A Gemini informou que a renda familiar dos pesquisados era de US$ 14.000 dólares ou mais, sem especificar se tratava-se de uma renda mensal ou anual.
De acordo com a Gemini “a indústria de criptomoedas atingiu vários marcos em 2021. O Bitcoin atingiu recordes de mais de US$ 65.000, e o investimento de capital de risco em negócios de criptomoedas ultrapassou US$ 30 bilhões.”
Adoção em massa
De acordo com a pesquisa, o ano de 2021 apresentou uma grande adoção nos investimentos em criptoativos.
Cerca de 41% dos entrevistados disseram que realizaram seu primeiro investimento em criptoativos no ano de 2021.
Dentre as regiões pesquisadas, a América Latina apresentou a maior adoção com cerca de 46% dos entrevistados tendo investido em cripto pela primeira vez no ano passado.
Em seguida vieram a Ásia-Pacífico (45%) e os Estados Unidos (44%).
Dos entrevistados que afirmaram possuírem criptoativos, os países que mais adotaram os criptoativos como investimento em 2021 foram o Brasil (51%), Hong Kong (51%) e Índia (54%).
Alheio ao ano, o Brasil e a Indonésia foram os países que apresentaram o maior número de investidores em criptoativos no geral.
Coincidentemente aos números de 2021, cerca de 41% dos entrevistados destes dois países afirmaram já possuir criptoativos.
Este número foi bem maior em comparação com apenas 17% nos países e regiões desenvolvidas, incluindo os EUA (20%), Europa (17%) e Austrália (18%).
Causa e efeito
A principal causa para esta adoção, segundo a pesquisa, foi a preocupação com a inflação.
“Os entrevistados em países que sofreram 50% ou mais de desvalorização de sua moeda em relação ao dólar nos últimos 10 anos tiveram mais de 5 vezes mais chances de dizer que planejam comprar criptomoedas no próximo ano”, apontou o relatório.
Barreiras
Uma das barreiras que está sendo quebrada é a do gênero dos investidores.
Os números mostraram que a diferença entre os gêneros masculino e feminino do público investidor ainda é alta, mas esta porcentagem deverá diminuir.
Globalmente, dos investidores que pretendem começar a investir em criptoativos este ano 53% apontaram ser do sexo masculino, enquanto que 47% apontaram ser do sexo feminino.
Dentre o público que já investe em criptoativos, conforme comentado, o maior percentual ainda é de pessoas do gênero masculino.
Entre os países considerados como desenvolvidos, a Dinamarca é o país com a menor porcentagem de mulheres que investem em cripto (18%).
Já dentre os países em desenvolvimento, os Emirados Árabes foi o país que apresentou a menor porcentagem de pessoas do gênero feminino investindo em criptoativos (32%).
O Brasil mostrou uma certa paridade nesta porcentagem, onde 55% dos investidores são do gênero masculino e 45% são do gênero feminino.
A pesquisa também mostrou que a maior barreira para a entrada no mercado de investimentos cripto foi apontada como sendo a falta da educação dentro do mercado criptográfico.
Boa parte dos entrevistados (40%) disse que se houvesse mais recursos educacionais sobre criptomoedas, isto os ajudaria a começar a investir em criptomoedas.
No mais, 22% dos entrevistados disseram que passaram a investir em criptoativos por recomendação de amigos.
A Gemini disse acreditar que a adoção de criptomoedas deve crescer ao longo de 2022 e além, à medida que os recursos educacionais se tornam mais acessíveis.
Por fim, a regulamentação das criptomoedas é uma das principais preocupações globais entre os investidores.
A pesquisa mostrou que entre os não proprietários ou não investidores de criptomoedas, 39% na Ásia-Pacífico, 37% na América Latina, e 36% na Europa dizem que há incerteza legal em torno das criptomoedas.