A Tether, emissora da stablecoin USDT, fez uma acusação formal contra o Wall Street Journal (WSJ) por supostamente deturpar os fatos e publicar intencionalmente relatórios negativos sobre a empresa.
Em um artigo intitulado ‘Mais ações desatualizadas do WSJ’, a Tether criticou o WSJ por publicar ‘relatórios desatualizados, imprecisos e enganosos” sobre a empresa.
De acordo com a postagem, a Tether criticou o último relatório do jornal que publicou reportagem dizendo que a empresa opera às margens da regulação.
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Tether perseguida
A Tether alegou estar sendo perseguida pelo WSJ e por outras médias, dizendo que o jornal ‘raramente se concentra em dados concretos’ da empresa.
E disse que o meio de comunicação não deu o mesmo tipo de tratamento a outras empresas que realmente são problemáticas, como a Genesis, FTX e Celsius.
Segundo levantamento da própria Tether, o WSJ teria publicado apenas em 2021 84 Artigos mencionando a empresa, sendo que a maioria deles possuíam caráter negativo.
De acordo com a Tether, muitas empresas de criptoativos que o WSJ elogiou nos últimos anos se tornaram alguns dos ‘maiores fracassos financeiros e decepções da história’, que causaram ‘perda catastrófica’ para os investidores.
E que por sua vez, a empresa ‘cumpriu continuamente seu compromisso de aumentar a transparência, cooperação com os reguladores e ajustar suas reservas’.
No passado o WSJ acusou fez diversas acusações contra a Tether, como por exemplo, de que a empresa infla artificialmente o valor real do USDT, o que trazia dúvidas da confiabilidade dos dados sobre o lastro da stablecoin.
Pró-regulação
A Tether também refutou um artigo recente do WSJ que afirmava que as atividades da empresa não estavam em conformidade com a lei dos EUA.
‘Ao contrário das alegações do WSJ, a Tether realmente demonstrou repetidas vezes que é um parceiro comprometido da aplicação da lei global e construiu e mantém programas de conformidade de classe mundial’, escreveu na postagem.
‘Isso inclui o envolvimento regular com o Departamento de Justiça dos EUA e outros importantes reguladores financeiros dos EUA’, completou a Tether.
Também afirmou que a empresa ‘se protege contra riscos de lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo, proliferação nuclear e sanções por meio de políticas, e procedimentos que buscam limitar as chances de que elementos criminosos sejam integrados à plataforma Tether’.
A empresa disse que muitas coisas não se tornam públicas, e que ao longo dos anos auxiliaram mais de 160 investigações mundo a fora.
De acordo com a empresa, estas investigações resultaram em mais de US$ 400 milhões congelados em criptoativos.
Por fim, disse que ‘esse histórico ruim de separar o sinal do ruído na indústria de criptografia faz com que uma repetição das alegações de 2018 pareça mais do mesmo do WSJ’.